A Revista Saúde em Debate amplia a periodicidade

A revista Saúde em Debate inicia o ano de 2010 com uma boa novidade. Ela passa de quadrimestral para trimestral. A ideia é aumentar a difusão de  artigos e o número de leitores e ajudar a democratizar ainda mais a informação e a formação crítica no campo da saúde.

“A Saúde em Debate é uma revista lida nos moldes tradicionais. Eu participo de outras  revistas com diferentes formas de inserção. Atualmente os pesquisadores consultam um ou outro artigo das publicações. A Saúde em Debate ainda é uma revista que as pessoas querem receber e ler na íntegra. A trimestralidade aumenta também a possibilidade dos pesquisadores/autores publicarem mais, de terem mais possibilidade de acesso à publicação, que é fundamental para a construção do conhecimento e das propostas e projetos políticos”, afirma o editor do periódico Paulo Amarante.

O acréscimo do número de edições anual representa uma vitória e também uma volta ao passado. Fundada em 1976, a publicação, que logo se tornou referência voltada para a área de saúde pública e saúde coletiva, nasceu trimestral. Diante das dificuldades financeiras, no entanto, seus leitores assistiram a revista chegar aos poucos à periodicidade irregular. “É uma revista que não aceita propagandas pagas, simplesmente permutas de anúncios de outros periódicos e livros. Por isso, tivemos dificuldades de manutenção da regularidade e da periodicidade. A revista costumava sair com atraso”, explica Amarante.

A volta à regularidade

Mesmo com as dificuldades financeiras, a revista conseguia manter-se como referência entre os profissionais e militantes do campo da saúde. Mas foi a partir de 2006, juntamente com o processo de refundação do Cebes, que a revista passou por mudanças. A equipe responsável pelo periódico conseguiu publicar todos os números atrasados até 2008. Finalmente em 2009, a Saúde em Debate retornou à sua periodicidade regular.

Na avaliação de Amarante, a volta aos cumprimentos dos prazos se deve à profissionalização ligada a três fatores: “Compomos uma equipe profissional competente, com a qual nos preocupamos em qualificá-la, enviando-a congressos e treinamentos da Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC); tivemos outras iniciativas de formação editorial e ainda contratamos uma empresa de editoria consolidada”, conta.

Esse esforço, segundo Amarante, não apenas alcançou a proposta inicial no que diz respeito à periodicidade, mas também na questão conceitual da revista. “O editorial do número 1 defendia que as análises do setor saúde, como componente do processo histórico-social, não encontravam veículos de divulgação que levasse tais reflexões à sociedade brasileira. Uma das propostas da revista era essa: ampliar e levar adiante tais discussões, acumular experiências de saúde na defesa do interesse coletivo. A trimestralidade só vem aumentar a possibilidade dos pesquisadores/autores publicarem terem mais possibilidade de acesso à publicação, que é fundamental para a construção do conhecimento e das propostas e projetos políticos. E as agências de fomento de pesquisa e formação não apenas estimulam, mas exigem que os professores e pesquisadores publiquem cada vez mais em periódicos de qualidade. E o aumento da periodicidade vem favorecer a este aspecto”, concluiu ele.

Os autores interessados em publicar seus artigos, devem entrar em contato por meio do site: www.saudeemdebate.org.