Movimentos realizam Ato Público em defesa da vida das meninas nigerianas

Foto: BBC Brasil

No dia 13 de abril último cerca de 250 meninas de uma escola no interior da Nigéria foram sequestradas por uma facção político-religiosa fundamentalista. Algumas conseguiram escapar, mas da maioria não há notícias. Seus sequestradores ameaçam vendê-las como escravas ou esposas.

Em várias regiões do mundo, mulheres de todas as idades são impedidas de estudar, de ler, de fazer escolhas. Culturas ou grupos podem escolher viver sob valores diversos. Entretanto, é intolerável que uma dada visão do que seja bom e correto possa ser imposta ao conjunto da sociedade e, em especial, no caso das versões fundamentalistas de religiões, que isso signifique opressão das mulheres.

Lembremos: há pouco mais de 100 anos aboliu-se formalmente no Brasil a escravidão de africanos e afrodescendentes. Entre os estimados 3 milhões de escravos trazidos ao Brasil (quase a metade do trafico transatlântico entre os séculos XVI e XIX), cerca de metade foi sequestrada na Nigéria.

A dignidade humana inclui a valorização da solidariedade entre os povos, no âmbito da luta civilizatória pela equidade de gênero. Brasileiros, portanto, não devem ficar indiferentes a este crime hediondo, renovado, que ameaça a vida, a liberdade, e a saúde física e mental dessas meninas nigerianas.

Neste sentido, o Centro Rio de Saúde Global, o Centro Latino-americano em Sexualidade e Direitos Humanos, e o Círculo de Artes da Terra, em parceria com Centro Brasileiro de Estudos de Saúde – Cebes  e  diversos movimentos sociais, realizarão o Ato Público Tragam Nossas Meninas de Volta. A manifestação acontecerá na próxima terça-feira, dia 20, às 18 horas, na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Campus Maracanã), no pavimento térreo (em frente da livraria).

Petição

O Movimento Internacional Tragam Nossas Meninas de Volta (#bringbackourgirls) lançou na internet uma petição solicitando ao secretario-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) medidas para resgatar as meninas sequestradas e proteger as garotas nigerianas de novos ataques.

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