Nota da Abrastt em defesa do movimento de trabalhadores petroleiros

A Associação Brasileira de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (Abrastt) acompanha de maneira solidária e com preocupação a situação da greve dos petroleiros nestes 20 dias de paralisação por uma causa justa dos trabalhadores, de 1° a 20 de fevereiro. Mesmo que neste momento ocorra a suspensão da greve para início de uma nova rodada de negociação, a Abrastt manifesta, por meio desta nota pública, o apoio ao movimento dos trabalhadores petroleiros, que lutam contra as demissões que já chegam a mais mil trabalhadores e em defesa da Petrobras como empresa pública. Mesmo findada a greve, a mobilização continua.

Além de defender o direito à greve, a Abrastt vê este movimento como um espaço para a defesa da saúde dos trabalhadores, já que demissões, terceirizações e privatização, como mostram processos anteriores já implementados, têm levado à precarização do trabalho e impactado a saúde física e mental dos trabalhadores.

Os recentes rompimentos de barragens da Samarco em Mariana/MG (com 19 mortos) e da Vale em Brumadinho (com mais de 250 mortos) são apenas dois exemplos de privatizações que a história nos dá de como esses processos afetam os trabalhadores, o meio ambiente, as comunidades vizinhas e a sociedade como um todo.

A luta dos trabalhadores petroleiros também é a luta pelo serviço público, que vem sendo desmontado e desqualificado. A saúde, por meio do SUS, a previdência social e o trabalho são direitos fundamentais, que foram arduamente conquistados pela classe trabalhadora brasileira e que devem sim ser preservados e ampliados, não eliminados ou flexibilizados com políticas que afetam a nossa sociedade como um todo.