Lúcia Souto comenta no programa Brasil TVT o enfrentamento à covid-19 no momento onde o País atinge a marca de 136 mil mortes pela pandemia

Nesse domingo (20), a presidenta do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) Lúcia Souto falou ao programa Brasil TVT, da rede TVT, sobre a pandemia de coronavírus, a possível sazonalidade da covid (que apresentaria menos casos no versão), a redução gradual da elevada curva de óbitos por SARS-Cov-2.

Lúcia diz que não é momento de relaxar as medidas de segurança contra a pandemia. Ela critica a comunicação do presidente da República de minimizar as consequências da pandemia, assim como na questão das queimadas de biomas brasileiros. Para a sanitarista a comunicação do governo federal é nociva, com objetivo de criar confusão e não ajuda a sociedade a se organizar a altura dos desafios do momento, a crise climática e que tem consequência para essa e outras pandemias. “Uma das estratégias de enfrentamento de situações de crise é a de comunicação responsável, coisa que no Brasil não tivemos. Ao contrário, temos uma comunicação totalmente desagregadora“.

No final da entrevista, Lúcia fez um comentário sobre os 30 anos do Sistema Único de Saúde:

“Os 30 anos do SUS é algo a comemorar porque é um bem público da sociedade brasileira. Talvez seja um dos sistemas mais abrangentes e sofisticados do mundo, com número enorme de realizações. Temos muito a comemorar, mas também muito a reivindicar. Hoje a demanda do CEBES, do Conselho Nacional de Saúde, e de diversas outras entidades, é que o orçamento do Sistema Único de Saúde incorpore em 2021 aquilo que foi do orçamento emergencial para o enfrentamento da Covid-19, o que significa R$ 168 bilhões. Considerando os desafios que SUS têm, não é pouca coisa para ter a saúde como direito à cidadania. Precisamos consolidar esse Sistema Único de Saúde. SUS 30 anos um bem público da sociedade brasileira. Muito a comemorar pela conquista desse Sistema Único Universal do Brasil”.

Assista abaixo a entrevista na íntegra: