Boletim Cofin 2020/11/18

Dados até 17/11/2020 apurados pela Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Elaboração: Francisco R. Funcia (CNS e USCS), Rodrigo Benevides (IPEA) e Carlos Ocke (IPEA)
Fonte: Adaptado de SIGABRASIL e SIOP (dados até 17/11 – acesso em 18/11/2020)
Divulgação: 19/11/2020

Resumo Executivo do Boletim:

O Ministério da Saúde tem R$ 43,7 bilhões de recursos para o enfrentamento do novo coronavírus (similar ao do Boletim anterior), sendo que 13,6% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” sem uso no orçamento do Ministério da Saúde (MS)Tabelas 1 e 1.1 e Gráficos 1-A a 1-H

Houve redução de R$ 233 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Aplicação Direta do MS no combate ao Covid-19 que reduziu de R$ 9,9 bilhões para R$ 9,7 bilhões (inferior aos cerca de R$11,4 bilhões do mês de junho) dos quais:…

  • 33,5% não foram empenhados não se efetivaram como pedidos de compra de respiradores, máscaras e outros itens necessários para a população, para os trabalhadores da saúde e para equipar as unidades de saúde pelo Brasil; e
  • foram pagos R$ 4,7 bilhões (ou 49,1% da dotação autorizada), o que representou um aumento de R$ 25 milhões em comparação ao Boletim anterior.

Houve redução de R$ 187 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Transferência aos Estados/DF que reduziu de R$ 9,4 bilhões para R$ 9,2 bilhões (inferior aos cerca de R$ 10 bilhões do mês de junho), dos quais, 12,3% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” no orçamento, esperando a decisão de quanto transferir para cada estado. Foram pagos R$ 8,0 bilhões (ou 87,1% da dotação autorizada), o que representou um aumento de R$ 25 milhões em comparação ao Boletim anterior.

Houve aumento de R$ 419 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Transferência aos Municípios para o combate da Covid-19 – que aumentou de R$ 22,7 bilhões para R$ 23,1 bilhões , dos quais 6,7% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” a espera da decisão de quanto transferir para cada município. Foram pagos R$ 20,9 bilhões (ou 80,2% da dotação autorizada), o que representou um aumento de R$ 34 milhões em comparação ao Boletim anterior.

Não houve alteração de valores orçamentários na Ação 21C0 – Tabela 2-A; em termos consolidados, o nível de liquidação do conjunto das despesas do Ministério da Saúde está regular (com e sem a inclusão dos valores da Ação 21C0) Tabela 2-B. O valor total autorizado ASPS, deduzido do valor da Ação 21C0, está menor que o valor do piso federal do SUS

Foram identificadas três medidas Provisórias com saldos a empenhar (correspondente a 0,4% dos valores autorizados por essas MP’s) cujo prazo de 120 dias expirou e que, por não terem sido convertidas em lei, não poderão mais ser empenhados pelo Ministério da Saúde, portanto, não poderão mais ser utilizados – Tabelas 4 e 4.1. Segundo a Tabela 4.2, dos R$ 645 milhões empenhados no período 11/11-17/11/2020 , R$ 487 milhões oneraram a MP 969 (20/05/2020) e R$ 144 milhões a MP 994 (06/08/2020).

recursos ainda não empenhados, portanto, sem uso no orçamento (desde abril/2020), sendo que os valores a empenhar de três MP’s editadas até junho/2020 (e já convertidas em lei) são, respectivamente:
? 941, de 02/04/2020 (R$ 35 milhões);
? 967, de 19/05/2020 (R$ 1,9 bilhão);
? 969, de 20/05/2020 (R$ 1,6 bilhão);
?A soma desses valores é R$ 3,5 bilhões.

Dos R$ 44,2 bilhões autorizados por todas as MP’s nas ações relacionadas ao combate da Covid-19 no Ministério da Saúde…
?…R$ 35,3 bilhões (ou 79,9%) foram liquidados e
?…R$ 35,2 bilhões (ou 79,6%) foram pagos o saldo empenhado a pagar é R$ 3,1 bilhões.