Em parceria com a Asfoc, Cebes realiza Ciclo de Oficinas de Atualização e Mobilização de Lideranças em Movimentos Sociais

O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (CEBES) e o Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (Asfoc-SN) promoveram nessa terça-feira (3/11) um encontro virtual para abrir o Ciclo de Oficinas de Mobilização e Atualização de Lideranças Comunitárias (em Movimentos): Saúde, cidadania, desenvolvimento e o papel do Estado, SUS. Segue o link do site do Mobiliza SUS.

Veja abaixo o encontro virtual e, a seguir, um resumo do que foi falado:

Durante o evento presidente da Asfoc-SN Paulo Garrido afirmou que o evento é um marco para a Asfoc-SN. “Tem um simbolismo muito forte, para que possamos ampliar o debate e cumprir o papel que o nosso Sindicato vem desenvolvendo na pandemia junto com os movimentos sociais, associações de moradores, territórios e as populações mais vulneráveis”.

O diretor de Administração e Finanças, Carlos Fidelis Ponte, ressaltou que as oficinas pretendem discutir a articulação no Brasil e os mecanismos de intervenção. Para ele, o propósito é que todos saibam o que ocorre em diversas regiões do País e nos “sentirmos pertencentes a um grupo do bem”. “Vamos usar essa metodologia e o instrumento da internet para nos reconectarmos, formarmos um grande elo, e discutirmos saídas estruturantes para esta crise a partir do território, das políticas sociais”, frisou.

A presidente do Cebes, Lúcia Souto, por sua vez, elogiou a parceria entre o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde e a Asfoc-SN. “Temos feito inúmeros trabalhos nessa luta diária com a Asfoc. Um Sindicato extremamente atuante, persistente, que tem trazido inúmeros frutos nessa história do movimento sindical brasileiro. Uma parceria que estamos cultivando com muito cuidado”. Para ela, essa parceria é fundamental em função do atual contexto político no País. “Um momento de grande turbulência, de um projeto ultraneoliberal de destruição, da morte. É a devastação que nós estamos assistindo no sistema de saúde. (…) Desde de 2016, o que nós assistimos é a mudança de patamar com a (promulgação da) Emenda Constitucional 95, a era do desfinanciamento do sistema de saúde”.

O presidente do Conselho Nacional de Saúde, Fernando Pigatto, também frisou sobre o momento adverso no país, “com um governo de viés fascista e autoritário”. Ele relembrou sobre a publicação do decreto 10.530, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada, abrindo processo de estudos com vistas a parcerias público privadas na Atenção Básica de Saúde. “Ele viu que o povo brasileiro se mobiliza para garantir aquilo que é seu, o que está na Constituição Federal, portanto, o nosso SUS”. Pigatto ainda comentou sobre a importância do ciclo de oficinas do Cebes. “Neste momento da conjuntura do País, nada mais importante do que investirmos em formação, para que cada vez mais possamos ter elementos para defendermos o SUS, a vida e a democracia”, concluiu.