Presidente, ministros e médicos estão entre os indiciados pelo relator da CPI da Covid

O senador Renan Calheiros apresentou a minuta do relatório final da CPI da Covid com um total de 1.180 páginas. Para ser aprovado, o relatório precisa do apoio de seis senadores, o que constitui a maioria da comissão de 11 titulares com direito a voto. Apenas quatro senadores fazem parte da base governista.

O relator da CPI sugere indiciamento de 66 pessoas e duas empresas por crimes variados contra a vida praticados durante a pandemia. A votação final do relatório está prevista para acontecer no dia 26 de outubro.

Entre os indiciados estão o Presidente da República, Jair Bolsonaro, seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos o atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o ex-ministro Eduardo Pazuello, o presidente do Conselho Federal de Medicina,Mauro Luiz de Brito Ribeiro, Dois gestores e um ex-diretor do Ministério da Saúde, dois médicos participantes do chamado gabinete paralelo e nove médicos da Prevent Senior e seus dois sócios proprietários.

Eis a relação dos crimes de que eles foram indiciados:

Jair Bolsonaro – presidente da República – epidemia com resultado morte, infração de medida sanitária preventiva, charlatanismo, incitação ao crime, falsificação de documento particular, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação; crimes contra a humanidade, nas modalidades extermínio, perseguição e outros atos desumanos; e crimes de responsabilidade

Eduardo Pazuello – ex-ministro da Saúde – homicídio qualificado, epidemia, emprego irregular de verbas públicas, prevaricação, comunicação falsa de crime, genocídio de indígenas e crime contra a humanidade

Marcelo Queiroga – ministro da Saúde – epidemia culposa com resultado morte, prevaricação

Élcio Franco – ex-secretário executivo do Ministério da Saúde – homicídio qualificado, epidemia e improbidade administrativa

Mayra Pinheiro – secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde – epidemia culposa com resultado morte, prevaricação e crime contra a humanidade

Roberto Dias – ex-diretor de logística do ministério da Saúde – corrupção passiva, formação de organização criminosa, improbidade administrativa

Nise Yamaguchi – médica participante do chamado gabinete paralelo – epidemia culposa com resultado morte

Luciano Azevedo – médico e e participante do gabinete paralelo – epidemia culposa com resultado morte

Mauro Luiz de Brito Ribeiro – presidente do Conselho Federal de Medicina – epidemia culposa com resultado morte

Os médicos da PREVENT SENIOR
> Daniella de Aguiar Moereira da Silva – médica da Prevent Senior – homicídio qualificado
> Pedro Benedito Batista Júnior – diretor-executivo da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade
> Paola Werneck – médica da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem
> Carla Guerra – médica da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
> Rodrigo Esper – médico da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade
> Fernando Oikawa – médico da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem e crime contra a humanidade.
> Daniel Garrido Baena – médico da Prevent Senior – falsidade ideológica
> João Paulo F. Barros – médico da Prevent Senior – falsidade ideológica
> Fernanda Igarashi – médica da Prevent Senior – falsidade ideológica

Os proprietários da Prevent Senior
> Fernando Parrillo – dono da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade
> Eduardo Parrillo – dono da Prevent Senior – perigo para a vida ou saúde de outrem, omissão de notificação de doença, falsidade ideológica e crime contra a humanidade.

Veja aqui a íntegra do relatório do senador Renan Calheiros: