As eleições de 2014 e seus efeitos sobre o sistema político—eleitoral brasileiro

Paulo Henrique de Almeida Rodrigues

As eleições de 2014 mostraram o aumento da fragmentação do sistema político-eleitoral brasileiro, fenômeno apontado por vários analistas da política brasileira (SADEK, 1993, SCHMITT, 2000, ARRETCHE e RODDEN, 2004). O número de partidos que elegeram representantes na Câmara dos Deputados, passou de 22, nas eleições de 2010, para 28, um aumento de mais de 27%. Se a base de comparação forem as eleições de 2006, quando 20 partidos elegeram deputados federais, esse aumento foi de mais de 40%. Nove novos partidos elegeram deputados no período – PRP, PRTB, PSL, PSD, SD, PROS, PTN, PEN e PSDC –, mais do que compensando os partidos que deixaram de existir ou se fundiram em outros – PL ; PRONA1; PAN. Só nas últimas eleições seis novos partidos elegeram deputados – PSD; SD; PROS; PTN; PEN; PSDC –, ou 21,4% do total, o que mostra que a fragmentação da representação na Câmara dos Deputados está se acelerando (Anexo 1). Além dos 28 partidos que lograram eleger representantes, há quatro outros registrados – PCB, PCO, PPL e PSTU – que não o fizeram (Anexo 2).

 

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