Produtos para Saúde em debate

O primeiro fórum no tema reúne em Brasília, no dia 7 de agosto, representantes públicos e privados, profissionais do setor, indústrias, centros de pesquisa e universidades

Com objetivo de promover o debate sobre o cenário dos produtos para a saúde no Brasil, com vistas a sua relevância na garantia da assistência integral à saúde no país, o Programa Ação Responsável realiza em Brasília, no próximo dia 7, o I Fórum Nacional de Produtos para Saúde no Brasil.

O evento visa facilitar as interlocuções entre os gestores públicos e da iniciativa privada nas discussões sobre políticas que possam garantir o crescimento e a sustentabilidade do setor. O fórum movimenta o auditório do Interlegis (Senado Federal), das 9 às 16h.

O Brasil tem passado por transições demográficas, epidemiológicas e nutricionais, com significativa diminuição nas taxas de fecundidade e natalidade e aumento progressivo da expectativa de vida – que resultam em alterações nos padrões de ocorrência de patologias e no aumento da prevalência das doenças crônicas. Tais mudanças refletem na demanda, cada vez maior, de novas tecnologias que garantam a melhoria contínua da saúde da população.

Os chamados produtos para saúde – desde parafusos para implantes ortopédicos até sofisticados equipamentos de diagnóstico -, são utilizados na realização de procedimentos médicos, odontológicos e fisioterápicos, bem como no diagnóstico, tratamento, reabilitação ou monitoração de pacientes.

Esse setor ocupa hoje lugar de destaque na economia brasileira, com faturamento na ordem de U$ 5,5 bilhões (100%), registrado entre 2005 e 2013, e crescimento de 72% no número de equipamentos nos serviços do SUS nos últimos cinco anos, segundo o Ministério da Saúde.

De acordo com o IBGE, houve crescimento de 8,5% na produção de equipamentos de instrumentação médico-hospitalares e odontológicos, de janeiro a setembro de 2013 em relação ao mesmo período em 2012 e, de 9,5%, nas vendas no comércio varejista no mesmo período. Ainda, segundo a ABIIS (Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde), a área de equipamentos médicos-cirúrgicos lidera o ranking de importações, com crescimento de 13,6% em relação a 2012. Em segundo lugar está a área de diagnóstico in-vitro (kits e reagentes), com 11,2%.

Outro dado interessante é com relação à geração de empregos. Segundo o CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), de janeiro a setembro de 2013 surgiram 9.215 novos postos de trabalho no setor de produtos para a saúde – um crescimento de 8% se comparado a igual período do ano anterior.

A estimativa de crescimento está mantida para os próximos anos, devido ao  aumento da expectativa de vida da população, do  poder aquisitivo das classes C e D e à ampliação de ações do Governo Federal na área da saúde – o que coloca o país num mercado atrativo no cenário mundial. Porém, segundo especialistas do setor, para que isso ocorra é necessário que os avanços continuem no mesmo ritmo, priorizando políticas e ações que possam ampliar o acesso através da incorporação de novas tecnologias e eliminando eventuais barreiras regulatórias.

O tema carece de um amplo debate, o que se justifica com a realização da primeira edição do Fórum Nacional. O evento reúne, no Senado Federal, representantes do governo, do setor produtivo (fabricantes e importadores), da comunidade acadêmica, prestadoras e operadoras de planos de saúde e sociedade civil.

 

Serviço:

I Fórum Nacional para Produtos em Saúde no Brasil

Data: 7 de agosto de 2014, quinta-feira, das 9 às 16h
Local: auditório Antônio Carlos Magalhães do Interlegis – Senado Federal (Brasília/DF)

Inscrições online pelo site