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PSF deve mudar?
O deputado federal (DEM-SP) e professor emérito da USP e da Unicamp, José Aristodemo Pinotti, fez duras críticas ao Programa Saúde da Família (PSF). Criado em 1990, o PSF conta com 43.024 equipes de família e gasta R$ 4 bilhões por ano, informou em artigo publicado na Folha de S. Paulo (30/11). Para ele, o programa precisa ser rediscutido com seriedade, “tornou-se obsoleto”.
O professor afirma não querer terminar com o PSF. Propõe que agentes de saúde devidamente treinados visitem exclusivamente as famílias em suas casas e que os pacientes passem a ser atendidos nos centros de saúde, “para onde os médicos do PSF devem ser transferidos, aproveitando-se suas especialidades originais”. “Com isso, que custa muito pouco, poder-se-á resolver 80% dos problemas na atenção primária, próximo da casa do cidadão”, calculou.
Ele termina seu artigo dizendo que “nosso sistema, apesar do SUS na Constituição ser notável, está contaminado com cópias de modelos arcaicos e outras de países ricos que não vestem nossa realidade”. Profissionais da área da saúde e do PSF discordam dessa análise. Em carta enviada à seção Painel do Leitor da Folha (1/12), o médico Paulo Bafile, apesar de reconhecer que o PSF precisa ser criticado e melhorado, diz que a “receita” de reorganização proposta por Pinotti em seu artigo “parece mais um oportunismo e uma peneira para tapar o sol”.
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Veja aqui a íntegra do artigo “PSF”.
Mais sobre a Saúde da Família:
“PSF: contradições de um programa destinado à mudança do modelo tecnoassistencial” ,do médico sanitarista Emerson Merhy, professor livre-docente aposentado da Unicamp e atualmente professor convidado da UFRJ, e do psicólogo sanitarista Túlio Franco, professor da UFF. O texto faz parte do livro “O trabalho em saúde: olhando e experienciando o SUS no cotidiano”, disponível na Livraria Cultura (www.livariacultura.com.br), e foi postado no blog www.camavoadora.blogspot.com.