Rede Feminista de Saúde lamenta a morte de Fátima Oliveira

A Rede Nacional Feminista de Saúde Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos lamenta a morte da sua filiada e ex-secretária executiva, a médica Fátima de Oliveira, ocorrida na tarde deste domingo.

 

Uma das mais expressivas feministas negras brasileiras, Fátima atuou por décadas em defesa da saúde das mulheres, das políticas de atenção integral e do Sistema Único de Saúde.

 

Na defesa dos direitos sexuais e direitos reprodutivos, integrou, em nome da autonomia das mulheres e em defesa da saúde, todos os esforços para o fim da criminalização do aborto e sua legalização. Foi uma das mais ativas construtoras da luta pela redução da mortalidade materna no Brasil e na América Latina.

 

Integrante da Rede de Saúde das Mulheres Latino Americanas e do Caribe – RSMLAC, participou de suas atividades, notadamente do Encontro Internacional de Saúde da Mulher.

 

Como pesquisadora e pensadora, Fátima Oliveira foi fundadora de um campo de pensamento no Brasil, ao elaborar teses sobre a bioética feminista, não racista e não sexista, publicando livros, artigos e mantendo por anos colunas em jornais e blogs. Nos últimos aos Fátima passou a viver em seu estado natal, Maranhão, após décadas de residência em Minas Gerais, onde atuou como médica do Hospital de Clínicas.

 

Como integrantes da Rede Feminista, declaramos que Fátima integra a vida desta entidade, dela nos orgulhamos e agradecemos por ter mantido acesa a luta pela saúde das mulheres brasileiras.