CNI produz pesquisa sobre Saúde Pública no País

A Confederação Nacional da Indústria – CNI, em parceria com o IBOPE, divulgou ontem, 12/01, os resultados da pesquisa intitulada “Retratos da Sociedade Brasileira: Saúde Pública”. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 141 municípios entre os dias 16 e 20 de setembro de 2011. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.

Entre os vários resultados da pesquisa, um deles demonstra que os brasileiros não aprovam a criação de impostos para financiar a saúde. Segundo a pesquisa, 96% dos brasileiros rejeitam o aumento da carga tributária e 61% reprovam o sistema público de saúde.

Para 82% dos entrevistados, o governo deve acabar com a corrupção para obter mais recursos para a saúde. Outra solução, apontada por 53% das pessoas, é a redução de desperdícios. Somente 18% da população acreditam que seja necessário transferir recursos de outras áreas para o setor.

O principal problema citado por 55% dos entrevistados é a demora nos atendimentos. As queixas incluem a falta de equipamentos e de unidades de saúde, além do número insuficiente de médicos.

Para 85% dos entrevistados, o serviço público de saúde não melhorou nos últimos três anos. Em uma escala de zero a 10, os brasileiros atribuíram a nota média de 5,7 à saúde brasileira.

Para melhorar a situação, 57% dos entrevistados dizem que é preciso aumentar o número de médicos. Outros 54% afirmam que o governo deve equipar melhor os hospitais públicos e os postos de saúde. A terceira ação, assinalada por 30% dos brasileiros, é o aumento de salário para os médicos.

Os hospitais públicos são os principais fornecedores de serviços de saúde para 68% da população enquanto a rede privada é usada de forma exclusiva por apenas 10% dos brasileiros. Segundo a pesquisa, a procura por hospitais e clínicas particulares está diretamente relacionada à propriedade de um plano de saúde. Entre os entrevistados que usam somente o serviço privado, 91% têm plano de saúde. Entre os que utilizam apenas a rede pública de saúde, só 1% têm plano de saúde.

O estudo revela ainda que 95% dos entrevistados concordam com a oferta gratuita de serviços de saúde. Mesmo assim, 68% consideram injusto todos pagarem pelo sistema independentemente do uso da rede pública de saúde.