Amil tem aumento no lucro e na receita
Valor Econômico – 08/08/2012
A Amil, maior operadora de planos de saúde do país com quase 5,9 milhões de clientes, continua a sua política de focar em rentabilidade. A companhia registrou, no segundo trimestre, crescimento em receita e lucro, apesar da redução no volume de clientes de planos de saúde.
A operadora, fundada pelo empresário Edson Bueno, registrou aumento de 30,6% no lucro líquido que somou R$ 66,2 milhões no segundo trimestre. A receita líquida atingiu R$ 2,4 bilhões, o que representa um avanço de 16,6%.
O número de contratos de convênios médicos caiu 0,1%, o que representa 3,5 mil beneficiários a menos. A queda foi compensada pelo aumento de 21,5% de planos odontológicos. Com isso, a carteira total da Amil encerrou o segundo trimestre com alta de 4,9% no número de clientes. “Não vamos fechar ou renovar contratos de planos mal precificados”, disse Erwin Kleuser, diretor de relações com investidores da Amil. No primeiro trimestre, a operadora perdeu 241 mil clientes por conta dessa política. O executivo ressaltou que essas perdas não foram motivadas pela desaceleração no ritmo de empregos formais neste semestre no país.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) aumentou 14,2%, ficando em R$ 191,3 milhões. Já a margem Ebitda caiu de 7,5% para 7,3%. “Tivemos uma diminuição de cerca de R$ 10 milhões em receitas financeiras por causa da redução dos juros bancários que impactou nossa margem”, explicou Kleuser.
A sinistralidade (indica quanto o custo com atendimento de clientes representa da receita), entre abril e junho, ficou em 72,8%, abaixo dos 73,4% registrados no mesmo trimestre do ano passado.
No segundo trimestre a Amil investiu R$ 124 milhões, sendo que R$ 47,1 milhões foram para pagar aquisições e R$ 77 milhões para expansão orgânica como a construção do Hospital das Américas, no Rio, e do Hospital TotalCor, em São Paulo, além da manutenção de seus ativos que demandaram recursos de R$ 21 milhões.
A companhia fechou o segundo trimestre com um caixa consolidado total de R$ 1,3 bilhão, sendo que R$ 683 milhões estão garantindo as provisões obrigatórias determinadas pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).