Boletim Cofin 2020/10/14
Dados até 13/10/2020 apurados pela Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Elaboração: Francisco R. Funcia (CNS e USCS), Rodrigo Benevides (IPEA) e Carlos Ocke (IPEA)
Fonte: Adaptado de SIGABRASIL e SIOP (dados até 13/10 – acesso em 14/10/2020)
Divulgação: 15/10/2020
Resumo Executivo do Boletim:
O Ministério da Saúde tem R$ 43,7 bilhões de recursos para o enfrentamento do novo coronavírus (similar ao do Boletim anterior), sendo que 13,3% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” sem uso no orçamento do Ministério da Saúde (MS) – Conforme Tabelas 1 e 1.1 e Gráficos 1-A a 1-H
Houve redução de R$ 826 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Aplicação Direta do MS no combate ao Covid-19 – que reduziu de R$ 10,5 bilhões para R$ 9,7 bilhões (inferior aos cerca de R$11,4 bilhões do mês de junho) dos quais:…
- …34,7% não foram empenhados – não se efetivaram como pedidos de compra de respiradores, máscaras e outros itens necessários para a população, para os trabalhadores da saúde e para equipar as unidades de saúde pelo Brasil; e
- …foram pagos R$ 4,4 bilhões (ou 45,3%), o que representou um aumento de R$ 79 milhões em comparação ao Boletim anterior.
Houve aumento de R$ 33 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Transferência aos Estados/DF – que aumentou de R$ 9,3 bilhões para R$ 9,4 bilhões (inferior aos cerca de R$ 10 bilhões do mês de junho), dos quais, 9,4% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” no orçamento, esperando a decisão de quanto transferir para cada estado. Foram pagos R$ 7,8 bilhões (ou 83,8%), o que representou um aumento de R$ 49 milhões em comparação ao Boletim anterior.
Houve redução de R$ 38 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Transferência aos Municípios para o combate da Covid-19 – que permaneceu em R$ 23,0 bilhões (semelhante aos valores do mês de julho), dos quais 6,8% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” a espera da decisão de quanto transferir para cada município. Foram pagos R$ 20,6 bilhões (ou 89,7%), o que representou um aumento de R$ 43 milhões em comparação ao Boletim anterior.
Não houve alteração de valores orçamentários na Ação 21C0; a Tabela 2-B revela que, em termos consolidados, o nível de liquidação do conjunto das despesas do Ministério da Saúde está adequado com a inclusão dos valores da Ação 21C0 e regular sem a inclusão da Ação 21C0. – Tabela 2-A
Foram identificadas três medidas Provisórias com saldos a empenhar (correspondente a 0,1% dos valores autorizados por essas MP’s) cujo prazo de 120 dias já expirou e que, por não terem sido convertidas em lei, não poderão mais ser empenhados pelo Ministério da Saúde, portanto, não poderão mais ser utilizados. A Tabela 4.2 apresenta aumento de R$ 831 milhões no valor empenhado e de R$ 831 milhões nos valores de liquidação e pagamento da MP 1004 em comparação ao Boletim anterior. – Nas Tabelas 4 e 4.1
Há recursos ainda não empenhados, portanto, sem uso no orçamento (desde abril/2020), sendo que os valores das quatro MP’s editadas até junho/2020 (e já convertidas em lei) são, respectivamente:
?Nº 941, de 02/04/2020 (R$ 38 milhões);
?nº 967, de 19/05/2020 (R$ 2,6 bilhões);
?nº 969, de 20/05/2020 (R$ 725 milhões);
?nº 976, de 04/06/2020 (-R$ 219 mil) – valor negativo pela segunda semana consecutiva (informado pelo MS como decorrência da variação cambial).
?A soma desses valores é R$ 3,3 bilhões (15,4% do total autorizado por essas quatro MP’s).
Dos R$ 44,2 bilhões autorizados por todas as MP’s nas ações relacionadas ao combate da Covid-19 no Ministério da Saúde…
?…R$ 34,3 bilhões (ou 77,7%) foram liquidados e
?…R$ 34,3 bilhões (ou 77,6%) foram pagos – o saldo empenhado a pagar é R$ 4,0 bilhões.