Caminhada em defesa do quarteirão cultural do Itaim Bibi
O Movimento Popular em Defesa do Quarteirão da Saúde, Educação e Cultura do Itaim Bibi, zona sul de São Paulo, fará caminhada em defesa da área de 20 mil m² ameaçada de ser vendida pelo executivo ao mercado imobiliário. A mobilização será hoje (21), às 12h, na esquina entre as ruas Salvador Cardoso com a Cojuba.
A intenção é concentrar o maior número de pessoas entre funcionários, usuários, pacientes, pais e alunos dos oito equipamentos públicos que estão instalados no local (posto de saúde, escolas, creche, biblioteca e teatro, a APAE e o CAPS), além de moradores da região e de outros bairros, a fim de sensibilizar o prefeito para que ele desista de vender o local.
O movimento conta com a adesão de políticos, empresários, comerciantes e artistas como Eva Wilma, moradora do Itaim há mais de 30 anos.
Desde que a intenção da prefeitura de vender o terreno foi publicada no informativo do Diário Oficial, em dezembro de 2010, os moradores do bairro do Itaim-Bibi começaram a se mobilizar em defesa do quarteirão. Já realizaram cinco assembleias, colheram cerca de quase 10 mil assinaturas em abaixo-assinado eletrônico e em barraquinhas instaladas na Rua João Cachoeira e no Parque do Povo, além de ter sido instaurado dois inquéritos nas promotorias da Justiça e do Meio Ambiente e do Patrimônio Público. E ainda prometem muita movimentação pela frente.
Quarteirão reúne saúde, cultura, arte e meio ambiente.
O quarteirão ocupa uma área de cerca de 20 mil m², entre as ruas Cojuba, Lopes Neto, Salvador Cardoso e Av. Horácio Lafer. Aí está instalada, a Biblioteca Anne Frank; a EMEI Escola Infantil Tide Setúbal; a creche Santa Teresa de Jesus; a Unidade Básica de Saúde José de Barros Magaldi; a Escola Estadual de tempo integral Prof. Ceciliano José Enne; a APAE – Escola Zequinha; o Centro de Atenção Psicossocial 24 horas e o Teatro Décio de Almeida Prado, sendo que 7 deles foram recentemente reformados pela própria prefeitura de São Paulo. Todas as entidades atendem diariamente centenas de crianças, portadores de necessidades especiais, estudantes, pessoas em busca de atendimento médico e psicológico, usuários da biblioteca, além dos profissionais que trabalham em cada equipamento.
Na área está a biblioteca Anne Frank, a mais antiga biblioteca infantil instalada fora do centro da cidade e a maior densidade e diversidade de árvores naturais da região, algumas centenárias.
A prefeitura alega que a venda do terreno reverterá na construção de 200 creches em outros locais da cidade.
Próximos passos do movimento
Depois da caminhada do dia 21/3, os moradores já têm marcada uma audiência pública na Câmara Municipal, no dia 28/3, às 19 horas.
Mais informações:
Prof. Helcias Pádua, tel. (11) 9568-0621; 2818-6600; helciaspadua@yahoo.com.br.
Fonte: Rede de Saúde Mental e Economia Solidária