Cebes defende os desafios da Reforma Sanitária em congresso de estudantes de medicina
A Diretoria do Cebes esteve representada em uma das mesas do XX Congresso Brasileiro de Estudantes de Medicina – Cobrem, realizado em Feira de Santana/BA, no último dia 9 de janeiro de 2008. O Cobrem é um evento que, diferente do ECEM, reúne estudantes que participam mais efetivamente dos Centros, Diretórios Acadêmicos e movimentos sociais. O XX Cobrem teve como tema “Em Busca de um Projeto Popular para o Brasil”.
A mesa foi composta por Marcos Vasconcelos, recém-formado em medicina (ANEPS), que centrou sua exposição no denominado movimento Abraço Abrasco, e por Celerino Carriconde que é médico e integra a ONG Centro Nordestino de Medicina Popular. Havia cerca de 200 a 300 estudantes de diversos estados do Brasil que ouviram atentamente as exposições. Coube ao Cebes falar sobre a Reforma Sanitária Brasileira.
O Posicionamento do Cebes
A exposição do Cebes (cerca de 20 min) contemplou os desafios à Reforma Sanitária Brasileira e elencou as tarefas que vimos desenvolvendo para respondê-los. Foram distribuídos documentos, livros e o folder do Cebes. Convidamos enfaticamente os estudantes a participarem do Cebes seja por meio do nosso site, dos núcleos do Cebes, de nossa Revista etc.
Avaliação
1) Os estudantes presentes no Cobrem estabelecem vínculos com os movimentos sociais que vinculam-se à Escola Nacional Florestan Fernandes, idealizada pelo MST. Nos três dias de debates do Cobrem, estiveram presentes ao encontro integrantes do movimento Paulo Freire de educação popular e professores universitários que desenvolvem atividades “extensionistas”. Nota-se uma evidente inclinação dos estudantes presentes pelos projetos de trabalho que os permitam trabalhar perto e com o povo. Não é por menos que a quase totalidade dos expositores convidados originam-se desses movimentos. A ausência de parlamentares, representantes de partidos políticos e autoridades governamentais parece ser uma marca desses encontros.
2) Durante o debate com o plenário (que durou cerca de duas horas) observa-se que parte dos estudantes pretende dar continuidade ao debate sobre a Reforma Sanitária e SUS, mas sob bases bastante distintas. Isto é por fora dos partidos políticos e especialmente das instituições públicas de saúde. Alguns consideram que o movimento saúde do MST, que cunhou a seguinte frase “o paciente é aquele que deve ser impaciente em relação às transformações sociais”, pode vir a ser um espaço para a atualização da teoria e práticas da RSB.