Cebes e a comunidade sanitária lamentam falecimento de Izabel dos Santos

O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) recebeu com muito pesar, na tarde de ontem (01), a notícia do falecimento da enfermeira Izabel dos Santos, pioneira na luta pela equidade na assistência à saúde e qualificação dos recursos humanos da área. A trajetória desta mulher, enfermeira, negra, mineira, teve como desafio tornar os profissionais de nível médio de enfermagem, atores sociais capazes de trabalhar com qualidade e dignidade.

Suas ideias nortearam a quebra de paradigmas dando luz ao movimento inovador de ensino-serviço em saúde. Os mais de 50 anos dedicados à enfermagem e seus ideais colaboraram para o desenvolvimento de políticas e programas no Ministério da Saúde.

Izabel dos Santos nasceu em Pirapora, município localizado ao norte de Minas Gerais, às margens do Rio São Francisco no dia 07 de março de 1927. Morreu em 01 de dezembro de 2010 em Brasília.

Leia aqui artigo publicado na Revista da Escola de Enfermagem da USP sobre a vida e o trabalho da enfermeira.

Amigos lamentam a perda

“Que notícia triste! Gostaria de expressar meu sentimento aos amigos e familiares e ressaltar a importância de homenagearmos Isabel, pessoa tão especial para a história da saúde e a construção de uma sociedade mais
justa”.

Abraço,
Nísia Trindade Lima
Pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz
Editora Científica da Editora Fiocruz

“O País perde uma grande brasileira em todos os sentidos: pessoal, público, profissional. Recordo da presença sempre ativa, militante e firme da Isabel nas nossas reuniões do Cebes/DF, nos sábados a tarde, no final dos anos 1970, no Centro Cultural de Brasília. Que descanse em paz esta grande mulher”!
Volnei Garrafa

“Ainda sob o impacto dessa ingrata notícia, associo-me ao Volney Garrafa na demonstração da admiração pela mulher, pela profissional e pela mãe intelectual e amiga que acabamos de perder. Serão inúmeras as lembranças que comporão essa lista de amigos e companheiros de Isabel e eu diria que na minha vida profissional elas recortam toda a linha do tempo, desde 1978, quando a conheci em um curso em Pernambuco, que preparava as Secretarias de Saúde dos estados para a entrada no PIASS e no PPREPS. Desde então, aprendi a admirar a sua consistência, o seu engajamento, o seu olhar ao que não estava revelado, dentre outras qualidades, seguindo sempre ao seu lado nas polêmicas e nas convergências, seguindo a sua liderança comprometida com os trabalhadores e com um sistema de saúde digno.Viva Isabel dos Santos que continuará viva em cada um de nós que a amamos e admiramos”.
Tânia Celeste Nunes