Cebes Rio de Janeiro discute eleições municipais e fortalecimento do SUS nas favelas e periferias

Na noite da última terça-feira (28), diversas organizações e militantes da luta pela democracia e pela saúde pública e universal participaram da reunião do Cebes Rio de Janeiro, realizada no auditório da CUT-Rio. O encontro teve como objetivo estimular o debate sobre as eleições municipais e a (re)ativação do núcleo do Cebes na cidade.

Entre os presentes, destacaram-se trabalhadores da saúde, membros da Diretoria Executiva do Cebes, como Ana Tereza Camargo, André Lima e o presidente Carlos Fidelis, além de coordenadoras dos núcleos temáticos, como a professora Maria Lucia Freitas do Núcleo de Saúde Urbana. Militantes históricos do Movimento Sanitário, como José Noronha e Lúcia Souto, e lideranças de diversos movimentos sociais também marcaram presença. Entre elas, Adriana Martins do Movimento Negro Unificado, Taísa Falcão do Fórum de Pré-Vestibulares Populares do Rio de Janeiro, Patrícia Evangelista da Organização Mulheres de Atitude e Laura Torres do Espaço Gaia São Gonçalo. “Precisamos levar encontros como este para dentro de nossas favelas… para a Vila Cruzeiro, por exemplo, onde moro”, destacou Ana Lucia Caldas Rocha – Movimento Popular de Favelas e Movimento Negro Unificado.

A reunião foi marcada pelo desafio de ampliar o debate sobre o direito à saúde e a defesa do SUS público, gratuito e de qualidade, especialmente para os moradores das favelas e periferias do Rio de Janeiro. Diversos relatos apontaram para o crescimento da influência da ultradireita e seu impacto negativo na vida democrática dessas comunidades. “O leste do Rio de Janeiro precisa ser lembrado. Sei dos apagamentos que o pessoal da Baixada e Zona Oeste sofrem… São Gonçalo e Itaboraí quase sempre são esquecidos! Vamos levar pra lá conferências, rodas de conversa”, pontuou Laura Torres, do Espaço Gaia São Gonçalo. 

O debate também gerou uma “tempestade de ideias” sobre iniciativas que o Cebes Rio poderia adotar em colaboração com movimentos sociais. Entre as propostas, destacam-se a realização de Conferências Livres que articulem a saúde a outros temas, debates e rodas de conversa nos territórios e a criação de um documento a ser apresentado aos candidatos nas eleições municipais, defendendo o direito à saúde.

Para transformar as ideias em ações concretas, foram agendadas reuniões futuras nas próximas semanas, visando mobilizar e lutar pela garantia de um SUS único, público, de qualidade e acessível a todos os brasileiros.