CPI da Covid escancarou a ação de ‘máfias’ contra a Saúde Coletiva no Brasil

A CPI da Covid-19 ajudou a escancarar a “transformação da vida e da defesa da saúde da população em um objeto (de interesse) de máfias, que estavam interessadas em se apropriar de recursos públicos para beneficiar meia dúzia de pessoas”. Essa é a avaliação da presidenta do Cebes Lúcia Souto, que participou nessa terça (5) de uma conversa sobre a CPI da Covid-19, promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Fiocruz (ASFOC-SN).

Além de Lúcia, participaram do debate Renato Simões, Coordenador Executivo da Associação Vida e Justiça, e Dão Real, Vice-Presidente do Instituto Justiça Fiscal, além de Mychelle Alves, presidente do sindicato, e Paulo Garrido, vice-Presidente da entidade. A mediação foi de Sergio Lerrer, jornalista da Agência Servidores. Veja o debate na íntegra nesse link.

Veja a seguir um trecho da fala de Lúcia:

“Tudo é negócio. Tudo é mercadoria. Tudo é motivo para ganhar dinheiro e lucrar, mesmo que venha de coisas que sabiam que não iam ser compradas, como a AstraZeneca. Claro que a empresa não ia vender para aquelas pessoas (como o policial militar Luiz Paulo Dominguetti). Mas, mesmo assim, isso não foi impeditivo para simular intermediação que nem seria feita ou para negócios que estavam pretendendo fazer. É a transformação da vida e defesa da saúde da população num objeto de máfias que estavam interessadas em se apropriar de recursos públicos para o benefício de meia dúzia de pessoas. No mundo inteiro, a Saúde, depois do complexo militar, é a área que mais acumula capital hoje é na área da saúde”.

Veja a fala de Lúcia: