Critérios de Justiça Distributiva em Saúde
Artigo de Roberto Passos Nogueira, presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), discute “diferentes concepções sobre critérios distributivos em saúde com base na noção de equidade”.
Confira o resumo
São discutidas neste trabalho diferentes concepções sobre critérios distributivos em saúde com base na noção de equidade. Tem-se como principal pressuposto que as necessidades de saúde constituem simultaneamente necessidades de segurança social. As questões da equidade e dos limites da distribuição de serviços de saúde são analisadas a partir da conformação histórica da seguridade social no Brasil e dos ideais de igualdade e universalidade de acesso e integralidade da assistência defendidos pelo Movimento Sanitário nos anos 1980, os quais deram origem ao Sistema Único de Saúde (SUS). É salientada a emergência, ao longo dessa história institucional, de um conflito entre racionalidades distributivas de três tipos: a securitária, a sanitária e a seguridade social. A articulação filosófica entre a saúde e a segurança social é realizada por meio do conceito de habilidade fundamental, tendo por referência o pensamento de Martin Heidegger e a noção similar apresentada por Amartya Sen. Conclui-se ser necessário que as políticas do SUS se pautem mais explicitamente pela racionalidade da seguridade social, ao considerar a saúde como sustentáculo das habilidades fundamentais humanas.
Confira o artigo abaixo:
Download do arquivo “Critérios de Justiça Distributiva em Saúde “