A economia do fim do mundo

S ESTADOS UNIDOS emergiram da Segunda Guerra Mundial como a única grande economia que não teve sua indústria arrasada por bombas. O cenário era um parque produtivo superdimensionado, a economia global em frangalhos e milhares de soldados a voltar para casa. O que fazer para não voltar à recessão anterior ao conflito, quando hordas de desempregados vagavam em busca de trabalho e comida? A ideia, aparentemente genial, veio de um consultor norte-americano especializado em varejo, Victor Lebow, que viu na aceleração do ciclo de produção e consumo a saída para o impasse:”Nossa economia enormemente produtiva requer que façamos do consumo o nosso modo de vida, que convertamos a compra e o uso de mercadorias em rituais, que busquemos a nossa satisfação espiritual ou do nosso ego no consumo. Nós precisamos de coisas consumidas, destruídas, gastas, substituídas e descartadas numa taxa continuamente crescente”. E isso foi feito, a ponto de 99% dos produtos vendidos pelo comércio nos EUA terem sido abandonados no fundo de armários ou gavetas, ou simplesmente descartados em apenas seis meses.

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