Cebes pactua aliança com a CNBB em defesa da Saúde Publica
Para avaliar a Campanha da Fraternidade e as estratégias futuras da luta pelo direito à Saúde, a CNBB convidou para um Seminário entidades parceiras, como o Grito dos Excluidos, Cebes, Núcleo 21, INESC e outras. No evento também estiveram presentes diversos representantes das pastorais da saúde e assessores.
O avanço do privado
O que a nova classe média, um banco público e a Bolsa de Valores têm a ver com os rumos do SUS?
Afinal, qual é o papel do setor privado na prestação de assistência à saúde no Brasil? Hoje, pode-se fazer uma distinção clara entre o que é interesse público na área da saúde e o que é interesse privado? Como o processo de financeirização da economia afeta o chamado “mercado da saúde”? E a regulação, o que pode fazer diante desse novo cenário? Colocadas dessa forma, a relação entre as perguntas acima pode não ser muito clara em um primeiro momento. Entretanto, os questionamentos fazem parte da complexa teia de fatores que estão em jogo para a efetivação (ou enfraquecimento) da noção ampliada de saúde presente no SUS constitucional, aquele sistema sonhado por militantes da Reforma Sanitária como um direito de todos.
Se dependesse apenas da Constituição brasileira, a resposta para a primeira pergunta poderia ser dada sem maiores dificuldades. O texto é bastante claro quando determina que se “a assistência à saúde é livre à iniciativa privada”, o papel desse setor deve ser complementar ao SUS e segundo as diretrizes deste. No entanto, a realidade diz outra coisa. Em 2011, 47 milhões de pessoas buscaram a saúde privada, de acordo com dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No mesmo ano, o setor movimentou cerca de R$ 80 bilhões, enquanto o orçamento da União para a saúde ficou em R$ 72 bi.
Em vez de desmatar mais, usar melhor o que já foi desmatado
Dada a imensa subutilização das terras já desmatadas, é simplesmente absurdo exigir mais desmatamento. O desmatamento está se dando em áreas vulneráveis (como a Amazônia), e mantem o ciclo destrutivo. O ciclo agrícola deve conjugar os objetivos de produção, emprego e preservação dos recursos naturais. Não é de mais química e de mais desmatamento que a agricultura precisa, e sim de um salto de eficiência tecnológica, social e ambiental. O artigo é de Ladislau Dowbor.
Neoliberalismo tingido de verde de olho na Rio + 20
Em entrevista à Carta Maior, a antropóloga e ambientalista Iara Pietricovsky adverte para os riscos do agenda da chamada economia verde na Rio+20. “O ambiente de crise financeira dos países ricos estaria jogando água no moinho da lógica neoliberal de enxugamento dos estados nacionais também na área ambiental e abrindo generosos parágrafos para o setor privado se credenciar como o principal gestor de um novo paradigma econômico e ambiental”, diz.