Um pacto pela saúde e pelo desenvolvimento

O novo modelo de crescimento populacional do Brasil, marcado pelo forte envelhecimento da população, lança um desafio importante no campo da saúde. Em 2030, o país deverá contar com mais de 216 milhões de brasileiros, sendo que 40,5 milhões terão mais de 60 anos de idade. Esse cenário trará como consequência o crescimento exponencial da demanda por medicamentos. Os gastos governamentais sofrerão forte expansão para fazer frente à essa nova realidade. Nesse cenário há dúvidas importantes que precisam ser equacionadas desde já. O Sistema Único de Saúde (SUS), terá condições de atender a essa monumental transformação? O Brasil está fazendo a lição de casa para fortalecer a indústria nacional e ficar menos dependente da importação de medicamentos cada vez mais caros e sofisticados, especialmente no campo da biotecnologia, nanotecnologia, e da medicina genética?
Basta um rápido exame nos dados dos gastos do governo com medicamentos para entendermos o tamanho do problema. Em 2003, o Ministério da Saúde gastava R$ 1,9 bilhão por ano com medicamentos. Em 2012, para atender as demandas de universalização do SUS e abastecer a rede, esse número saltou para R$ 9,4 bilhões. Nos próximos anos, os gastos prometem avançar ainda mais com a incorporação de novos tratamentos, como é o caso dos medicamentos biológicos. Importados, em 2010 esses medicamentos responderam por 31,9% da verba disponível para compras do setor.

A desvalorização dos profissionais de Saúde Pública

A busca por referências bibliográficas sobre esse tema em bancos de periódicos, de dissertações e teses revela a inexistência de estudos com esse objeto, ainda que a questão da precarização das relações de trabalho receba algum tipo de atenção de estudantes, professores e pesquisadores.
Entretanto, para quem atua ou pretende atuar na execução das ações e atividades nos sistemas públicos de saúde, essa é com certeza uma questão central nos dias de hoje no Brasil.

E mais uma vez a elite mostra sua cara…

E mais uma vez a elite mostra sua cara… Apesar dos esforços – ainda tímidos – do governo em tentar levar assistência médica às regiões mais pobres do país, uma parte elitizada da categoria médica e dos estudantes de medicina continua se opondo ao Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).
Não porque queiram aprimorar o Programa, ou corrigir falhas, ou ainda lutar por efetivas condições de trabalho na Atenção Básica e no interior… Não! Eles se incomodam mesmo é com o fato de que os médicos participantes recebam bônus nas provas de residência, mesmo após se dedicarem por um ano em atender populações que vivem em maior vulnerabilidade, como em áreas de extrema pobreza, periferias das regiões metropolitanas, além de populações ribeirinhas, quilombolas e indígenas. Acham injusto! Ora, pois!

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