Conselhos de Medicina divulgam novos dados sobre o perfil e a distribuição dos médicos no Brasil

Os números do segundo volume da pesquisa Demografia Médica, que serão apresentados à imprensa nesta segunda-feira (18/02), revelam os motivos da má distribuição e da falta localizada de médicos.
O Brasil é um país marcado pela desigualdade no que se refere ao acesso à assistência médica. Uma conjunção de fatores – como a ausência de políticas públicas efetivas nas áreas de ensino e trabalho, assim como poucos investimentos – tem contribuído para que a população médica brasileira, apesar de apresentar uma curva constante de crescimento, permaneça mal distribuída pelo território nacional e com baixa adesão ao trabalho na rede do Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente nas áreas de difícil provimento.

A desvalorização dos profissionais de Saúde Pública

Por Maria Aparecida de Assis Patroclo, dooutora em saúde pública pela ENSP/Fiocruz, e parte da equipe de Criola, ONG de mulheres negras, via Blog Saúde Brasil.
A busca por referências bibliográficas sobre esse tema em bancos de periódicos, de dissertações e teses revela a inexistência de estudos com esse objeto, ainda que a questão da precarização das relações de trabalho receba algum tipo de atenção de estudantes, professores e pesquisadores.
Entretanto para quem atua ou pretende atuar na execução das ações e atividades nos sistemas públicos de saúde, essa é com certeza uma questão central nos dias de hoje no Brasil.

“Sônia Terra e o futuro”

O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) lamenta a prematura morte da médica sanitarista Sônia Terra, que aconteceu na capital federal, no dia 12 de fevereiro, em decorrência de um câncer com o qual vinha lutando há três anos.
Nas décadas de 70 e 80, Sônia integrou a forte movimentação nacional que resultou na criação do Sistema Único de Saúde (SUS). Recentemente, foi assessora do Conasems e esteve envolvida com a cooperação canadense em promoção da saúde.
Uma das responsáveis pelas propostas de descentralização em São Paulo, anterior ao projeto que foi apoiado pelo Banco Mundial nos anos 80, Sônia é também autora do livro “Cidades saudáveis: uma urbanidade para 2000” e será lembrada pela militância e engajamento na luta pelo direito à saúde publica.

Capital financeiro e mudança climática

As forças do capital financeiro dificultarão muito o enfrentamento das mudanças climáticas. Alguns dizem que a estrutura do setor financeiro não facilitará a transição para uma economia de baixo nível de carbono. O problema é mais grave: o sistema financeiro é um potente obstáculo para prevenir uma catástrofe derivada do aquecimento global.
Para avaliar a dimensão do perigo, é importante recordar alguns dados. Na atualidade, a concentração de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera alcança as 394 partes por milhão (ppm). O CO2 é o gás de efeito estufa mais comum (não é o único, nem o mais potente). Os modelos mais desenvolvidos sobre mudança climática indicam que só abaixo das 450 ppm de CO2 se tem uma probabilidade de manter o aumento de temperatura dentro da classe dos graus centígrados. Os cientistas consideram que esse patamar não deve ser rebaixado caso se queira evitar uma mudança climática catastrófica.

Bento XVI: Crise e exaustão conservadora

Dinheiro, poder e sabotagens. Corrupção, espionagem, escândalos sexuais.
A presença ostensiva desses ingredientes de filme B no noticiário do Vaticano ganhou notável regularidade nos últimos tempos.
A frequência e a intensidade anunciavam algo nem sempre inteligível ao mundo exterior: o acirramento da disputa sucessória de Bento XVI nos bastidores da Santa Sé.
Desta vez, mais que nunca, a fumaça que anunciará o ‘habemus papam’ refletirá o desfecho de uma fritura política de vida ou morte entre grupos radicais de direita na alta burocracia católica.

Do welfare ao warfare state

A sociedade brasileira vive nas últimas três décadas o desafio de construir um país democrático, a depender da retomada do desenvolvimento econômico compatibilizada com a efetiva redistribuição social, dentro de um quadro de estabilidade institucional.
Recentemente, o debate democrático tem se concentrado no pilar institucional, enfatizando a transparência e o arranjo entre os poderes da República, como se as questões culturais e redistributivas já estivessem equacionadas.

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