No dia 27 de fevereiro deste ano, a Folha de São Paulo publicou matéria intitulada “União quer ampliar acesso a Planos de Saúde”, segundo a qual a Presidenta Dilma estaria negociando com as grandes empresas do setor privado da saúde (Qualicorp, Bradesco e Amil) medidas de redução de impostos, ampliação de financiamento para infraestrutura hospitalar e solução para as dívidas das Santas Casas.
O desmonte final do Sistema Único de Saúde (SUS) vem sendo negociado a portas fechadas, em encontros da presidente Dilma Rousseff com donos de planos de saúde, entre eles financiadores da campanha presidencial de 2010 e sócios do capital estrangeiro, que acaba de atracar faminto nesse mercado nacional.
Na pauta, a chave da porta de um negócio bilionário, que são os planos de saúde baratos no preço e medíocres na cobertura, sob encomenda para estratos de trabalhadores em ascensão.
O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) acaba de se tornar o representante brasileiro da Rede de Pesquisa, Docência e Extensão de Saúde para a América Latina (Red Idesal), uma articulação em rede de natureza acadêmica com atuação política pelo direito a saúde no continente.
O presidente reeleito da Fiocruz, Paulo Gadelha, tomou posse nesta sexta-feira (1º/3) para o seu segundo mandato à frente da instituição. Reeleito pelos servidores da Fundação em novembro, Gadelha foi reconduzido ao cargo por decreto da presidente Dilma Rousseff e empossado em cerimônia no campus de Manguinhos que contou com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ao discursar, Padilha disse que o processo democrático e participativo da Fiocruz, reafirmado com a solenidade de posse, é um exemplo para outras instituições e reforça o papel singular que a Fundação ocupa na História do Brasil. “Temos uma noção exata do que a Fiocruz passou a representar para a saúde e a ciência nos últimos dez anos, ao ganhar uma dimensão ainda maior do que já tinha. E na próxima década, com tudo que está planejado e será investido, passará a ter mais destaque, contribuindo para tornar o país menos desigual e iníquo”.
Chegou ao Planalto um pudim de mimos para os vendedores de ilusões das operadoras de saúde
Levaram para a doutora Dilma, e o comissário Alexandre Padilha discute em Brasília, um pacote que, na marquetagem, destina-se a melhorar o acesso do andar de baixo aos planos de saúde. Na prática, trata-se de um estímulo à inépcia empresarial e à má-fé de quem vende serviços que não pode entregar.
A Folha de São Paulo publicou em seu site, no dia 27/02/2013, a notícia de que a União quer ampliar acesso a planos de saúde e que o Governo tem negociado medidas com empresas do setor e já analisa redução de impostos e maior financiamento.
Para definir as condições do apoio governamental, vêm sendo realizadas reuniões, sob comando da Presidente da República, a última das quais, objeto da notícia, contou com a participação de cinco ministros de Estado, integrantes da área econômica, além de representantes do Bradesco, Qualicorp e Amil.
No próximo dia 16, o Núcleo brasiliense do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde dará início ao Ciclo de Formação Crítica em Saúde, que pretende trazer à capital cursos com assuntos relevantes para o aprofundamento de questões da Reforma Sanitária.
O primeiro curso terá como tema “A questão Agrária e a Saúde” e será ministrado pelo pesquisador aposentado do IPEA e ex-Diretor do Cebes, Guilherme Costa Delgado. “Atualmente, sob hegemonia da “Economia do Agronegócio”, a estrutura agrária brasileira se configura como ‘solução’ conjuntural às relações assimétricas da economia brasileira no cenário externo e ao mesmo tempo como uma fonte de riscos crescentes nos planos ambiental, de saúde pública e de desigualdade agrária. Esta nova configuração remete a discussão agrária para limites extra setoriais, como os que ora pretendemos visitar neste Mini Curso”, afirmou o pesquisador.
Ainda segundo Delgado, algumas questões conceituais serão abordadas, como as noções históricas recentes de Questão Agrária e sua atualidade na era do agronegócio e as relações destas com as condições de vida da população. “Neste sentido, há um material didático preliminar, que nos servirá de roteiro à exposição didática, além de outros materiais bibliográficos a serem apresentados na ocasião”, finaliza o ex-diretor do Cebes.
O curso acontecerá no dia 16 de março, no Auditório da Fundação Hemocentro de Brasília, com a carga horária de seis horas. A taxa de inscrição é de R$ 50,00 por pessoa e as inscrições devem ser feitas junto ao Núcleo de Estudos de Saúde Pública (NESP/UnB), através dos contatos abaixo. Participe!
Serviço
Curso A questão Agrária e a Saúde
Data: 16 de março
Horário: de 9h às 12h e das 14h às 17h
Local: Fundação Hemocentro de Brasília/Asa Norte
Taxa de inscrição: R$ 50,00
Contato: nesp@unb.br e 61 33406863
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