O SUS precisa de Mais Médicos e de Muito Mais!

Situando o direito a saúde no centro do projeto político de desenvolvimento social e econômico do país, o Cebes chama a atenção para o fato de que as medidas que compõem o Programa Mais Médicos são necessárias e louváveis, porém insuficientes para o setor que necessita urgentemente de outras medidas estruturantes de curto, médio e longo prazos. Confira na nota as propostas apresentadas pela entidade em relação ao Pacto pela Saúde formulado pelo Governo Federal.

Corporativismo médico e miséria moral

Nos dias tensos e intensos que o país vive nas últimas semanas em virtude da emergência de vários fatores, a incerteza sobre os destinos da economia e, em especial, as manifestações massivas dos jovens de classe média, abriram a caixa de Pandora do país, expondo seus males históricos e estruturais, entre eles, a precariedade absurda da mobilidade urbana das grandes metrópoles.

“Aborto é questão de saúde pública e não moeda de troca eleitoral”

A Igreja Católica utilizou o momento de vinda do papa Francisco para marcar posição sobre temas polêmicos, como a questão da homossexualidade e do aborto. Kits foram distribuídos criticando o uso da expressão “interrupção da gravidez”, pois “mascara a realidade, ocultando a morte da criança”. Com o recente avanço do estatuto do nascituro, o momento sinaliza a urgência de continuarmos o debate sobre o explícito desrespeito à laicidade do Estado e sobre o aborto enquanto questão de saúde pública.

Sinistro na ANS

Desde sua criação, há 13 anos, a agência foi capturada pelo mercado que ela deveria fiscalizar. As medidas sugeridas para coibir o conflito de interesses na ANS – frise-se, um órgão público sustentado com recursos públicos – sempre foram contestadas sob o argumento de que tais pessoas “entendem do setor”.
Assim, a agência instalou em suas entranhas uma porta giratória, engrenagem que destina cargos a ex-funcionários de operadoras que depois retornam ao setor privado.

Michel Foucault e o Neoliberalismo Sanitário

Há cerca de um ano atrás, por conta de uma homenagem que recebi do Instituto de Saúde Coletiva da UFBa, escrevi um ensaio intitulado “O Mal-Estar na Saúde Pública”. Mais recentemente, o ensaio foi publicado na revista do Cebes Saúde em Debate (v. 37, n. 96, p. 159-188, jan./mar. 2013). Nele, após identificar alguns “marcadores” da situação de mal estar, procurei situar suas raízes em certas configurações político-ideológicas mais gerais de nosso tempo, bem como desvelar algumas manifestações concretas na saúde pública, decorrentes ou associadas a essas configurações.

Saúde Universal requer que prevaleça o interesse público

O processo de crescimento econômico brasileiro concentra ainda mais o capital, disputado por grupos privados e frações de mercado, cujos objetivos são antagônicos ao interesse publico. A política de desenvolvimento nacional atende a pressões atreladas a interesses privados sem compromisso com a universalidade dos direitos sociais, a preservação ambiental e a justiça social.

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