Em posse, novo ministro da Saúde diz que será técnico e político

O novo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse em seu discurso de posse nesta segunda-feira (03/01) que será ao mesmo tempo “técnico” e “político”. “É importante ter o conhecimento técnico, mas não se faz mudança sem construir maiorias e fazer parcerias”, afirmou.

Médico infectologista, ele assume depois ocupar a Subchefia de Assuntos Federativos da Presidência, entre 2007 e 2009, e a Secretaria de Relações Institucionais, de 2009 até agora. Substitui José Gomes Temporão, que enfrentou diversos problemas no relacionamento com o Congresso durante sua gestão.

Padilha afirmou que as mesmas críticas que recebe agora por ser “político” recebeu por ser “técnico” quando assumiu as Relações Institucionais.

Entre os anúncios que fez em seu discurso, ele disse que vai construir um indicador nacional de qualidade do atendimento em saúde, que iria avaliar diferentes áreas do setor e estabelecer metas para os anos seguintes.

Embora não tenha detalhado o indicador, ele afirmou que ele servirá para a sociedade entender onde a pasta vai investir o seu orçamento.

Padilha prometeu que sua “obsessão” será colocar o atendimento no SUS em um tempo mais adequado. Ele citou pesquisas mostrando que a população aprova o serviço oferecido pela rede pública de saúde, mas tem dificuldade de ter acesso a ele.

Outro anúncio foi a elaboração de um mapa nacional com as necessidades de equipamentos de profissionais de saúde no Brasil.

RECURSOS

Assim como Temporão, Padilha defendeu um aumento dos recursos para a saúde. Ele ponderou, no entanto, que é preciso melhorar a gestão do setor para que a sociedade aceite isso.

O novo ministro não mencionou de onde poderiam vir os recursos adicionais.

Ele afirmou que pretende buscar parcerias com o setor privado para que atenda pacientes do SUS quando houver ociosidade.

Entre os pedidos que disse ter recebido da presidente Dilma Rousseff, estão dar um foco especial na saúde da mulher e da criança, fazer mais UPAs (unidades de pronto atendimento), combater o crack, enfrentar a dengue e colocar medicamentos contra diabetes e hipertensão no programa Aqui Tem Farmácia Popular, por meio do qual drogarias conveniadas oferecem remédios com subsídio de 90% do governo federal.

Fonte: Folha de São Paulo