Financiamento e gestão do SUS – Edição n. 100
Comemoramos nesta edição o 100° número da Revista Saúde em Debate (RSD). Nesses 38 anos de existência e resistência, a RSD tem sido um dos mais importantes veículos de di- vulgação dos debates da Reforma Sanitária brasileira, dos caminhos e descaminhos do Siste- ma Único de Saúde (SUS) e da construção de pensamento crítico na área da saúde brasileira e latino-americana. É inegável o papel histórico da Revista no campo da saúde pública. Na RSD, os sanitaristas encontram espaço para expressar suas opiniões e divulgar os resultados de seus estudos e pesquisas, enquanto os profissionais da área referências para as suas prá- ticas políticas e assistenciais.
Para que a RSD chegasse ao nível em que se encontra como veículo acadêmico e político, muitos esforços foram empreendidos. Não vamos citar nomes, porque certamente não sería- mos justos com todos os que têm se dedicado direta ou indiretamente à Revista durante esse longo período iniciado em 1976. Queremos agradecer aos autores, consultores, editores, ava- liadores e revisores que trabalham ou trabalharam na Revista, em sua maioria, voluntária e gratuitamente, acreditando no papel fundamental de uma revista como meio de disseminação de conhecimento científico produzido nos campos de saberes afetos à saúde.
Atualmente, a RSD faz parte da base de dados LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde), HISA (História da Saúde Pública na América Latina e Caribe), LATINDEX (Sistema regional de Información en Línea para Revistas Científicas de America Latina, el Caribe, España y Portugal), SUMÁRIOS (Sumários de Revistas Brasileiras), PERIÓ- DICA (Índice de Revistas Latino-americano em Ciências) e, desde 2012, passou a integrar a SciELO (Scientific Electronic Library Online). Também, a partir desse número, o leitor obser- vará mudanças no projeto gráfico, que deixaram a revista mais legível, moderna e dinâmica.
Salientamos que a RSD tem resistido à adoção de políticas de publicação, incorporadas por grande parte das revistas científicas brasileiras e estrangeiras, no que diz respeito a qualquer tipo de cobrança para publicação de artigos. Dessa forma, acreditamos que ampliamos o aces- so dos autores e contribuímos para democratizar a divulgação do conhecimento científico so- cialmente relevante para pensar dilemas e desafios da saúde nacional e internacional. Mas, para isso precisamos contar com instituições comprometidas com a saúde nacional que con- tribuam para a manutenção da Revista. Nos últimos anos, a Fiocruz tem sido parceira inesti- mável, à qual muito agradecemos.
Por fim, acreditamos que a confrontação de ideias advindas de diferentes correntes de pen- samento é fundamental para o debate em qualquer campo do conhecimento. Nesse sentido, a RSD está aberta às contribuições teóricas e metodológicas das diferentes ciências como auxílio à compreensão da complexa realidade que caracteriza o campo da saúde, sem, entretanto, aban- donar os ideários que sempre defendemos da saúde como direito e de sistemas de saúde públicos e universais. Esses pressupostos orientam, também, a política editorial da Revista.