Governo pretende reduzir incidência de hanseníase no país

Com os índices ultrapassando os 60% nos registros de hanseníase no país, o governo federal quer reduzir esta taxa ao patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com o ministro da saúde, Alexandre Padilha, os casos da doença estão concentrados em 166 municípios, a maioria nos estados do Pará, Amazonas e Mato Grosso. Somente em 2009, o Brasil registrou mais de 37 mil novos casos de hanseníase.

O ministro não informou prazo para cumprimento da meta, mas o Ministério da Saúde planeja traçar ações específicas com as prefeituras de cidades onde há grande registro da doença e também fazer a busca ativa de novos casos, o que pode aumentar a identificação de casos no país.

– A busca ativa é fundamental para bloquear a transmissão da doença, informou Padilha.

A hanseníase atinge pele e nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. A doença pode causar deformidades físicas e tem como principais sintomas manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, que ficam dormentes e sem sensibilidade ao calor, ao frio ou ao toque. A hanseníase tem tratamento e cura. A transmissão ocorre quando o doente elimina o bacilo pelas secreções nasais, tosse ou espirro. Assim que inicia o tratamento, o doente para de transmitir a doença.