GT da Saúde da equipe de transição deve entregar relatório final até dia 12 ao governo Lula
A presidenta do Cebes, Lúcia Souto, falou hoje (05) à rádio Brasil Atual sobre o cenário de aumento de casos da Covid-19 e os trabalhos GT de Saúde da equipe de transição do governo Lula. Lúcia integra o GT da Saúde, que já entregou no dia 01 um relatório preliminar. A data para entrega do relatório definitivo, com análises da Saúde no governo Bolsonaro e propostas para o governo eleito é dia 12. De acordo com a sanitarista, o GT irá propor uma recomposição inicial de R$ 22,7 bilhões para a pasta da Saúde, com objetivo de colocar em dia as campanhas de imunização e para políticas públicas como Farmácia Popular.
Lúcia informou à rádio que o grupo já realizou 27 audiências de escuta com vários segmentos da sociedade, de prestadores de serviço a movimentos sociais. “Na saúde da mulher, os problemas são gravíssimos“, disse. Segundo ela, políticas públicas de parto humanizado foram desmontadas pelo governo Bolsonaro. Ela frisou também o “apagão” de informações do governo atual para a pasta da Saúde. “É necessário organizar o fortalecimento da rede assistencial do SUS com qualidade para dar conta da demanda reprimida não só da Covid, mas por cirurgias eletivas. Ministério da Saúde não tem essas informações. Há apagão de dados“.
A pesquisadora apontou também a descoberta da adoção indiscriminada de Organizações Sociais (OSs) em cerca de 100 municípios do Brasil para gerir o sistema de saúde local, “cada um fazendo uma modalidade de contratação diferente”. “Esse tipo de situação não pode acontecer. Temos que superar essa precarização enorme da Saúde no Brasil e a fragmentação da modalidade de contratação”, disse.
Veja a entrevista na íntegra no link ou a seguir: