Lucia Souto: Começamos a reconstrução do Brasil
A Frente Pela Vida, em prosseguimento à sua intensa ação em todo processo da construção desta vitória épica, na eleição do presidente Lula, uma vitória contra toda extrema-direita global e que afirma nesse momento de crise extrema do capitalismo Global, realizou, nesta quarta-feira (09), uma plenária com mais de 60 participantes dentre estes, dois integrantes do grupo de transição que discute a saúde no novo governo.
A reunião confirmou a importância que a Frente pela Vida adquiriu do ponto de vista do protagonismo e da articulação plural de uma grande frente em defesa da vida da Democracia e da Saúde.
Foi uma primeira reunião de trabalho com a comissão de transição na área da saúde, com as presenças de dois dos quatro integrantes do grupo oficial, os ex-ministro Arthur Chioro e Alexandre Padilha, que informaram que já está delineada uma das principais medidas apontadas nas diretrizes para um programa de governo, que é a recomposição do orçamento do SUS.
No início da plenária da FpV foram relembrados trechos da carta compromisso apresentada na Conferência Democrática Popular de Saúde (em 05 de agosto, em São Paulo) onde, além da recomposição orçamentária, também constam a defesa da saúde 100% pública, carreira de estado para os profissionais da saúde e a revogação da PEC 95, entre outras medidas.
Neste momento de reconstrução do Brasil, a saúde é um eixo estratégico de desenvolvimento tanto do ponto de vista da expressão de sintetizar uma política de direitos e de proteção da vida e a retomada dessas políticas de direitos universais de cidadania, como também para a geração de trabalho, de avanços científicos e tecnológicos, soberania e segurança sanitária.
Importante também salientar a importância da construção de uma rede integral de atenção à saúde em todo o território nacional e, por fim, a diretriz da radicalização da democracia a nível nacional, onde sai de cena o orçamento secreto e entra fortalecido o orçamento participativo. Este processo será fundamental para a organização das conferências livres que vão acontecer no país todo, antecipando a 17ª Conferência Nacional que será realizada em 2023.
O processo eleitoral que envolveu de uma maneira ativa a sociedade brasileira, com a formações de comitês populares em todo o país é uma demonstração de que temos força social e política para interferir nesse novo Brasil que vamos e queremos construir; Um Brasil da solidariedade, um Brasil da proteção da vida, da saúde do bem-estar e da qualidade de vida, da cultura do lazer e do meio ambiente, contra esta crise sanitária que mata. Não podemos repetir a situação crítica do Brasil que não deu certo e temos que enfrentar a questão de uma reforma tributária ampla e a questão de uma sociedade de direitos plenos.
Enfim, estamos iniciando a construção de um novo momento. E o Brasil é decisivo nesta nova etapa, não somente para nós, brasileiros e brasileiras, mas para a América Latina como o país protagonista de um mundo multilateral onde a questão do bem comum da proteção da vida, da saúde dos povos e da questão climática, serão uma agenda prioritária.