Ministério apresenta cenário da saúde no país
Os desafios e a expansão desses serviços por meio de Redes são destacados no congresso Adh’2012 em São Paulo
Na última década houve crescimento da Atenção Básica à Saúde, que, hoje cobre 70% dos brasileiros. São ações de promoção, vigilância em saúde, prevenção, cuidado, e de acompanhamento dos usuários de saúde. Os atuais desafios e a expansão desses serviços em rede foram apresentados pelo Secretário Nacional de Atenção à Saúde, Helvécio Magalhães, durante o Congresso Nacional de Administração Hospitalar (Adh’2012), realizado nesta quarta-feira (23), em São Paulo. O evento prossegue até esta sexta-feira (25), no Centro de Convenções Expor Center Norte, na Zona Leste de São Paulo.
Com a palestra “Transformando a Atenção à Saúde em nosso País: Desafio real ou sonho impossível?”, o secretário mostrou o panorama do Sistema Único de Saúde (SUS) – hoje disponível a 190 milhões de pessoas -, com seus principais indicadores, além das características da saúde no Brasil, que conta com Redes de Atenção à Saúde (RAS), que, na avaliação do secretário, as redes são pontos de articulação divididos por temas, que contribuem para a organização do sistema de saúde, com base real. “É fundamental essa grande transformação, que irá delinear os chamados pontos de atenção, como hospitais, clínicas e Unidades Básicas de Saúde (UBS), com foco na assistência à maternidade, na atenção psicossocial, urgências e emergências, doenças crônicas e cuidado a pessoa com deficiência”, afirmou.
Ao todo foram reformadas 5.272 UBS em 1.791 municípios, e construídas 2.028 novas unidades em 1.113 municípios.
Hoje à Atenção Básica de Saúde tem o reforço de cinco redes, são elas: Rede Cegonha, Rede de Atenção Psicossocial, Rede de Atenção às Urgências e Emergências, Rede de Atenção às Doenças e condições crônicas e Rede de Cuidado a Pessoa com Deficiência.
Ao dizer que o Ministério da Saúde tem trabalhado para oferecer acesso e qualidade à população, Helvécio citou alguns programas que estão sendo aplicados, a exemplo do Programa Saúde Não Tem Preço, com a distribuição de medicamentos para diabetes e hipertensão, a Atenção Domiciliar através do Melhor em Casa e Academia da Saúde, e o Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).
O secretário falou do desafio do Brasil em ser o único país com mais de 100 milhões de habitantes que assumiu o desafio de ter um sistema universal, público e gratuito de saúde. Ele fez breve histórico sobre a saúde brasileira e afirmou que “houve um salto qualitativo”. Como alguns avanços e conquistas, ele citou o aumento da expectativa de vida do brasileiro, a redução da mortalidade infantil em 50% nos últimos dez anos, e a erradicação da poliomielite no Brasil.
ENCONTRO- Este ano, o Congresso Nacional de Administração Hospitalar traz como tema central ‘Saúde: Transformando uma Nação’. Durante quatro dias, especialistas renomados de diferentes áreas e representantes de empresas do segmento hospitalar irão capacitar e atualizar profissionais da saúde nos âmbitos técnico, humano e ético. Serão levantadas importantes questões relacionadas à saúde da população brasileira, como políticas públicas, e formação de profissionais que desenvolvam ações fundamentadas na relação entre técnica e humanização.