Morte materna ainda é muito alta, diz ministro
O Globo – 24/02/2012
Taxa caiu 19% em 2011, mas é quase o dobro da meta da ONU
BRASÍLIA. O número de mulheres mortas durante a gestação ou em decorrência de complicações do parto diminuiu 19% no primeiro semestre de 2011, comparado com o mesmo período do ano anterior. Foram 870 óbitos nos seis primeiros meses de 2010 e 705 no primeiro semestre de 2011. Entre 1990 e 2010, a taxa de mortalidade materna no Brasil caiu de 141 para 68 mortes por 100 mil nascidos vivos, mas o número ainda é quase o dobro da meta de 35 óbitos por 100 mil nascidos vivos, estabelecida pelos Objetivos do Milênio da Organização das Nações Unidas (ONU) para 2015. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério da Saúde.
– São números muito elevados ainda. Estamos muito distantes da meta dos Objetivos do Milênio – afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, atribuindo a redução à ampliação da Rede Cegonha, de atendimento às gestante, que, até janeiro de 2012, contava com a adesão de 17 estados e 1.542 municípios, e ao pacto feito com os governadores das regiões Norte e Nordeste para tentar reduzir o indicador.
As principais causas de morte materna em 2010 foram hipertensão, hemorragia, infecção pós-parto e doenças circulatórias.