Nota de pesar

Com pesar o CEBES recebeu a noticia do falecimento da psicóloga Rosimeire Aparecida da Silva, ocorrido hoje no dia 15 de mai0 de 2017. Rose, como era carinhosamente chamada pelos colegas mineiros, foi uma pioneira e militante incansável pela criação de serviços substitutivos aos manicômios.

 

De 2003 2013 foi coordenadora da Politica de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte de 2003 a 2013, para qual já contribuirá antes assessorando a coordenação. Trabalhou no PAI-PJ, Programa de Atenção Integral ao Paciente Judiciário do TJMG; coordenou o projeto do Centro Regional de Referência Ateliê Intervalo de Redução de Dados, dispositivo destinado aos profissionais das redes públicas de saúde, assistência social, educação e justiça, entre outros, bem como a estudantes da graduação e pós-graduação da UFMG; foi articuladora do projeto “Articulação de rede intersetorial de base territorial para atenção às pessoas em sofrimento decorrente do uso de crack, álcool e outras drogas em municípios do programa Crack, é possível vencer”, chamado Projeto Redes, desenvolvido em Ribeirão das Neves em parceria com SENAD e FIOCRUZ. Atuou como professora convidada em cursos de pós-graduação na Faculdade de Medicina da UFMG e deu grande contribuição para as ações educacionais da Escola de Saúde Pública de Minas Gerais campo da saúde mental, álcool e droga. De 2013 no a 2016 foi membro da Comissão de Direitos Humanos do CRP de MG e era sempre atuante nas politicas de direitos humanos do CFP. Em 2015 defendeu, na UFMG, a sua dissertação “Reforma Psiquiátrica e redução de danos: um encontro intempestivo e decidido na construção política da clínica para sujeitos que se drogam.

 

Deixa como marca sua força e grande determinação na luta por serviços substitutivos e na defesa de direitos humanos e do direito à saúde.

 

Nos deixou justamente na semana de 18 de maio, dia de comemoração da luta antimanicomial. Nesta luta ela vai fazer falta no momento em que recrudesce o discurso conservador dos defensores do isolamento de pessoas com sofrimento mental em hospitais psiquiátricos. Entretanto, seu espirito militante continuará presente e nos inspirará para continuar a luta em defesa da cidadania das pessoas com sofrimento mental e dos sujeitos que se drogam.