Núcleo CE produz pesquisa sobre o movimento sanitário
Quais foram os principais interlocutores e atores políticos? Quais as principais organizações atuantes? Como se organizavam as atividades políticas? E os fatos momentos marcantes? Qual o lugar da academia? Qual o papel dos Movimentos Estudantil, Médicos Residentes e Sindical naquele processo? Esses são alguns dos assuntos abordados na pesquisa que o Núcleo do Cebes Ceará esta realizando sobre a participação do movimento sanitário no estado nordestino no que ficou conhecido como Reforma Sanitária Brasileira. Segundo os organizadores, o objetivo é fazer política e produzir conhecimento ao mesmo tempo.
O projeto de pesquisa surgiu a partir das questões desenvolvidas na Escola de Estudos em Política e Saúde Joaquim Eduardo de Alencar (EEPSJEA), criada pelo núcleo CEBES, em 2010, e das sugestões de companheiros de militância como os professores Ricardo Pontes, Alcides Miranda e Odorico Monteiro de criar um estudo que resgatasse a história da luta pelo direito à saúde pública no Ceará.
As inúmeras respostas para as indagações acima lançadas pelo Núcleo virão dos próprios protagonistas daquele momento histórico que concederam entrevistas individualmente de forma livre e aberta. São mais de dez entrevistados que falaram suas visões sobre cada tema proposto. A pesquisa, que também contará com documentos, dever ser sair em papel e no formato digital. Mas os ativistas do Núcleo são ambiciosos. A intenção é produzir um documentário a partir do rico material colhido sobre uma fração da experiência inovadora nacional que, mesmo diante de tantas dificuldades, conduziu o Sistema Único de Saúde (SUS) às páginas da Constituição de 1988.