Poliomielite terá também vacina injetável

O Globo – 19/01/2012

Mas gotinha vai continuar. Calendário de vacinação inclui outras novidades, anunciadas ontem pela Saúde
BRASÍLIA. O Ministério da Saúde anunciou ontem a inclusão de uma vacina injetável no combate à poliomielite. É a Vacina Inativada Poliomielite (VIP). A partir deste ano, além da vacina oral – a das gotinhas -, a Campanha Nacional de Imunização contará com mais essa modalidade. Mas a injetável só será aplicada em bebês no início do calendário de vacinação, com idades entre dois e quatro meses. As gotinhas – a Vacina Oral Poliomielite (VOP) – continuarão nos reforços, para crianças com seis e 15 meses.

Segundo o Ministério da Saúde, a vacina injetável contra poliomielite é utilizada em países que eliminaram essa doença. A Organização Panamericana de Saúde (Opas) recomenda a aplicação da vacina oral até a erradicação mundial da poliomielite. Esse vírus ainda circula em, pelo menos, 25 países.

O ministério também anunciou a adoção da vacina pentavalente. Numa dose só, essa vacina vai garantir a proteção contra cinco doenças: difteria, tétano, coqueluche, influenza tipo B, e hepatite B. Hoje, são necessárias aplicações de duas vacinas para garantir essa imunização.

– Vamos reduzir uma picada na crianças, diminuindo a ida aos postos de saúde – afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, no material de divulgação da pasta que comanda.

Vacina vai gerar economia de R$700 mil para a Saúde
Para o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, concentrar proteção de várias doenças numa só vacina irá melhorar o controle e a administração da vacina em crianças com 2 e 3 anos de idade. Em quatro anos, o governo pretende transformar a vacina pentavalente em heptavalente, acrescentando na sua cobertura à pólio e à meningite C.

– As vacinas combinadas possuem vários benefícios, entre eles o fato de reunir, em apenas uma injeção, vários componentes imunobiológicos. Além disso, os pais ou responsáveis precisarão ir menos aos postos de vacinação, o que levará a uma maior cobertura vacinal – disse Alexandre Padilha.

A vacina pentavalente vai gerar, nos cálculos do governo, economia de R$700 mil.