Saúde em Debate v. 43 n. Especial 3 – Saneamento e Saúde Ambiental
Em pleno século XXI, o Brasil ainda apresenta enormes desafios em relação à oferta dos serviços de saneamento. Os dados de 2017 do Sistema Nacional de Informação sobre o Saneamento (SNIS) mostram que 83,5% da população brasileira tem acesso à rede de abastecimento de água, 46,0% são atendidos por coleta e tratamento dos seus esgotos gerados e 98,8% têm coleta regular de resíduos sólidos urbanos. Apesar desses números representarem um avanço em relação aos anos anteriores, ainda temos mais de 30 milhões de brasileiros que não possuem água em qualidade e quantidade adequadas para suas necessidades básicas, e mais de 100 milhões descartam seus esgotos in natura no ambiente.
Diante desse cenário, foi elaborado este número temático especial, fruto do compromisso institucional do Departamento de Saneamento e Saúde Ambiental (DSSA), da Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com o Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes), visando divulgar o conhecimento científico produzido por pesquisas desenvolvidas nos campos do saneamento e da saúde ambiental, suas interfaces e impactos na qualidade de vida e saúde da população brasileira.
O número temático apresenta artigos sobre qualidade da água e sua correlação com a diarreia e hepatite A, no Distrito Federal/Brasil; qualidade da água e o acesso à informação; reabilitação de rios; fluoretação da água segundo trabalhadores; gerenciamento de resíduos em laboratórios; descarte de resíduos de serviços de saúde animal; evolução da drenagem urbana; sistemas modulares vegetados para promoção da saúde; saneamento básico e incidência de cólera; moradia em áreas de risco; terrorismo químico; tratamento e reúso de efluentes da indústria de antibióticos; bioterrorismo; desafios na gestão de resíduos; e atenção psicossocial em situação de desastres.