Trabalho infantil diminui, mas aumenta jornada entre as crianças que trabalham

O percentual de 50,7% de pessoas que pagam a previdência foi atingido pela primeira vez, desde os anos 90, devido ao aumento do número de trabalhadores com carteira assinada: em 2007 eles eram 32,0 milhões, ou 6,1 % a mais que no ano anterior, e atingiram a maior participação na população ocupada (35,3%) desde início da série da PNAD. A população ocupada chegou a 90,8 milhões e cresceu 1,6% em relação a 2006. Já o número de desocupados caiu 1,8% no período, e a taxa de desocupação recuou de 8,4% para 8,2%.  A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007, recém-divulgada, investigou cerca de 400 mil pessoas em quase 148 mil domicílios por todo o país a respeito de sete temas: dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento.

O rendimento médio real dos trabalhadores cresceu 3,2% em relação a 2006 e chegou a R$ 956,00. Esse indicador atingiu seu maior nível desde 1999, mas ainda está 5,0% abaixo da remuneração média recebida pelos trabalhadores em 1997 (R$ 1.011,00).

Também pela primeira vez, mais da metade dos 56,3 milhões de domicílios brasileiros estavam ligados à rede de esgoto, 2,4 milhões de unidades a mais que no ano anterior. O acesso aos serviços fundamentais e a posse dos principais bens cresceu, mas os destaques foram o telefone – presente em 77,0% dos domicílios (ou 43,4 milhões de unidades) e os microcomputadores – encontrados em 15 milhões deles (ou 26,6%), sendo 11,4 milhões (20,2%) com acesso a internet. Desde 2002, o número de domicílios com telefone móvel celular vem crescendo mais de 15% ao ano.

Mas a PNAD 2007 mostrou que ainda havia 4,8 milhões de crianças e adolescentes trabalhando no Brasil. Eles representavam 10,8% das pessoas de 5 a 17 anos em 2007, pouco menos que os 11,5% do ano anterior. Em 2007, quase um terço (30,5%) das crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ocupados trabalhavam pelo menos 40 horas semanais, e uma em cada cinco delas (19,8%) morava em domicílios com rendimento per capita inferior a ¼ do salário mínimo.

Fica evidente o reflexo negativo do trabalho infantil quando se examina a taxa de escolarização1: entre 2006 e 2007, no grupo de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos ela subiu, (de 93,5% para 94%), mas entre as crianças desse grupo etário que trabalhavam, a taxa caiu de 81,0% para 80,0%.

De 2006 para 2007, a taxa de analfabetismo passou de 10,4% para 10,0% da população com 15 anos ou mais de idade, o que representava cerca de 14,1 milhões de analfabetos. Em 2007, por outro lado, 70,1% das crianças de 4 a 5 anos freqüentavam creche ou escola, um aumento de 2,5 pontos percentuais em relação a 2006. No mesmo período, o número de estudantes de nível superior aumentou em 251 mil.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 investigou cerca de 400 mil pessoas em quase 148 mil domicílios por todo o país a respeito de sete temas: dados gerais da população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento.

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Fonte: IBGE