Cebes apoia nota de indignação do Departamento de Medicina Preventiva da USP
Os casos de violência contra comunidade LGBT, negros e mulheres dentro da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) vêm aumentando a cada ano. Desde 2011, somente, oito casos de estupros foram registrados. Agressões físicas durante os trotes e festas da Faculdade são de conhecimento público. O hino oficial da Faculdade, composto pela bateria da Instituição, tem letra claramente machista e preconceituosa.
No entanto, a Faculdade de Medicina da USP não se posiciona oficialmente, nem toma as devidas providências para coibir essas manifestações ou punir os acusados. O caso é tão grave que recentemente o médico Paulo Saldiva, professor titular da FMUSP e presidente da Comissão contra Violência, Preconceito e Consumo de Álcool e Drogas da FMUSP, pediu exoneração do cargo e licença da Faculdade.
A comissão é formada por professores, alunos e funcionários que de junho a outubro apurou os casos de abusos praticados dentro da Instituição. Foi elaborado um relatório sobre os casos com denúncias também de abusos de álcool e drogas e intolerância racial, sexual e religiosa.
Cebes repudia essas manifestações violentas que vêm ocorrendo na FMUSP e apoia a nota pública do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade, que declarou indignação quanto aos atos de violência cometidos dentro da instituição e reiterou a necessidade urgente de mudança da cultura institucional.
Leia a Nota do Departamento de Medicina Preventiva da FMUSP na íntegra.