Boletim Cofin 2020/11/04
Dados até 03/11/2020 apurados pela Comissão de Orçamento e Financiamento do Conselho Nacional de Saúde (CNS).
Elaboração: Francisco R. Funcia (CNS e USCS), Rodrigo Benevides (IPEA) e Carlos Ocke (IPEA)
Fonte: Adaptado de SIGABRASIL e SIOP (dados até 03/11 – acesso em 04/11/2020)
Divulgação: 06/11/2020
Resumo Executivo do Boletim:
O Ministério da Saúde tem R$ 43,7 bilhões de recursos para o enfrentamento do novo coronavírus (similar ao do Boletim anterior), sendo que 15,0% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” sem uso no orçamento do Ministério da Saúde (MS) – Tabelas 1 e 1.1 e Gráficos 1-A a 1-H
Houve redução de R$ 1 milhão (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Aplicação Direta do MS no combate ao Covid-19 – que manteve em R$ 9,9 bilhões (inferior aos cerca de R$11,4 bilhões do mês de junho) dos quais:…
- …35,3% não foram empenhados – não se efetivaram como pedidos de compra de respiradores, máscaras e outros itens necessários para a população, para os trabalhadores da saúde e para equipar as unidades de saúde pelo Brasil; e
- …foram pagos R$ 4,6 bilhões (ou 46,7%), o que representou um aumento de R$ 161 milhões em comparação ao Boletim anterior.
Houve aumento de R$ 23 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Transferência aos Estados/DF – que manteve em R$ 9,4 bilhões (inferior aos cerca de R$ 10 bilhões do mês de junho), dos quais, 14,6% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” no orçamento, esperando a decisão de quanto transferir para cada estado. Foram pagos R$ 8,0 bilhões (ou 85,0%), o que representou um aumento de R$ 35 milhões em comparação ao Boletim anterior.
Houve redução de R$ 22 milhões (em comparação ao Boletim anterior) no orçamento para Transferência aos Municípios para o combate da Covid-19 – que manteve em R$ 23,0 bilhões (semelhante aos valores do mês de julho), dos quais 7,5% estão a empenhar, isto é, sem definição de despesa ou “parados” a espera da decisão de quanto transferir para cada município. Foram pagos R$ 20,8 bilhões (ou 91,5%), o que representou um aumento de R$ 15 milhões em comparação ao Boletim anterior.
Não houve alteração de valores orçamentários na Ação 21C0 – Tabela 2-A; a Tabela 2-B revela que, em termos consolidados, o nível de liquidação do conjunto das despesas do Ministério da Saúde está adequado com e sem a inclusão dos valores da Ação 21C0. O valor total autorizado ASPS, deduzido do valor da Ação 21C0, está menor que o valor do piso federal do SUS.
Foram identificadas três medidas Provisórias com saldos a empenhar (correspondente a 0,3% dos valores autorizados por essas MP’s) cujo prazo de 120 dias já expirou e que, por não terem sido convertidas em lei, não poderão mais ser empenhados pelo Ministério da Saúde, portanto, não poderão mais ser utilizados – Tabelas 4 e 4.1. Segundo a Tabela 4.2, dos R$ 6 milhões empenhados no período 28/10-03/11/2020 , os maiores valores oneraram a MP 967 (19/05/2020) – R$ 4 milhões – e a MP 969 (20/05/2020) – 2 milhões.
Há recursos ainda não empenhados, portanto, sem uso no orçamento (desde abril/2020), sendo que os valores das quatro MP’s editadas até junho/2020 (e já convertidas em lei) são, respectivamente:
?Nº 941, de 02/04/2020 (R$ 35 milhões);
?nº 967, de 19/05/2020 (R$ 2,4 bilhões);
?nº 969, de 20/05/2020 (R$ 1,7 bilhão);
?nº 976, de 04/06/2020 (-R$ 221 mil) – valor negativo pela quarta semana consecutiva (informado pelo MS como decorrência da variação cambial).
? A soma desses valores é R$ 4,1 bilhões (23,7% do total autorizado para as três primeiras MP’s).
Dos R$ 44,2 bilhões autorizados por todas as MP’s nas ações relacionadas ao combate da Covid-19 no Ministério da Saúde…
?…R$ 34,9 bilhões (ou 79,1%) foram liquidados e
?…R$ 34,8 bilhões (ou 78,9%) foram pagos – o saldo empenhado a pagar é R$ 2,7 bilhões.