Diretoria do Cebes debate agenda estratégica para 2014

Na última sexta-feira, 4, a diretoria nacional do Cebes reuniu-se na sede da Escola Superior de Ciências da Saúde (ESCS), em Brasília. Na pauta, além dos assuntos técnico administrativos da entidade, os novos projetos e articulações. Foi ainda realizada uma análise da conjuntura política e setorial da saúde.

A presidenta do Cebes, Ana Costa, fez um balanço dos projetos realizados nos últimos dois anos e destacou que o Cebes vem expandindo parcerias politicas e mantendo-se na articulação do Movimento da Reforma Sanitária.

Desde que assumiu, a atual diretoria (2014/2015) lançou três números da Revista Saúde em Debate que atualmente é avaliada pelo sistema de classificação da Capes como B2 para a área de saúde coletiva. Na ocasião, a professora Maria Lúcia Frizon, editora substituta da Revista, apresentou a Revista número 100 sobre o financiamento e a gestão do SUS e explicou que novas medidas estão sendo implantadas para melhorar ainda mais a avaliação do periódico junto a Capes.

Já a Revista Divulgação permanece tendo uma demanda regular para a divulgação de temas de interesse das instituições da área da Saúde. O Cebes tem mantido também a regularidade na publicação de livros e, em breve, será lançado o livro resultante do ultimo Simpósio Politica e Saúde , sobre os 25 anos do SUS.

Análise de Conjuntura

Na análise de conjuntura, os principais temas debatidos foram a importância da rearticulação das entidades integrantes do Movimento da Reforma Sanitária com a definição de uma pauta estratégica; a reforma do sistema político; a ampliação dos recursos destinados ao financiamento da saúde e o fortalecimento do Movimento Saúde Dez; os limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal aos gastos com pessoal de saúde; a promoção da municipalização e do pacto federativo na gestão do SUS; e o recente posicionamento do Brasil na Opas em favor da cobertura universal.

Sobre este último tema, Ana Costa salientou a importância de se constituir entre as entidades do Movimento da Reforma Sanitária uma rede de cobrança para que o Brasil reconsidere seu posicionamento na próxima Conferência Mundial da Saúde. A ideia de cobertura universal estimula a segmentação do atendimento, reservando uma cesta básica mínima de serviços que obriga a população mais pobre a pagar pelas demandas excedentes ao que foi previamente estabelecido.

“Não foi essa a opção que o Brasil fez em sua Constituição de 1988. Ao contrário, os princípios presentes no texto garantem ao povo um sistema universal de saúde, sem discriminações de renda por tipo de serviço”, avaliou.

Foi deliberado que será elaborada uma cartilha com as principais propostas do Cebes com o intuito de contribuir efortalecer a articulação com os movimentos sociais e pautar as discussões durante os debates das próximas eleições.

Avaliação

De acordo com Ana Costa, os debates realizados demonstraram que a diretoria do Cebes está cada vez mais afinada e em sintonia em seu posicionamento político, o que fortalece o papel do Cebes na luta pelo direito universal à saúde.

Segundo a vice-presidenta do Cebes, Isabela Soares, as reuniões da diretoria permitem aprimorar e qualificar os debates e os consensos em defesa de um SUS de qualidade para toda a população.