Adriano Massuda alerta para riscos do novo modelo de financiamento da APS

Adriano Massuda, sanitarista e pesquisador visitante da escola de Saúde Pública em Harvard, divulgou recentemente vídeo na qual demonstra “preocupação” sobre o novo modelo modelo de financiamento par Atenção Primária em Saúde. Para ele, essa nova política pode ter “efeitos negativos na organização do sistema, na prestação de serviços primários e na saúde da população brasileira“.

Recentemente, Massuda, Lígia Giovanella e outros pesquisadores, publicaram um artigo na revista Lancet com uma análise da implantação do SUS nos últimos 30 anos e projeções para seu futuro. “Vimos como a estratégia de Saúde da Família foi determinante para que houvesse ampliação de acesso a serviços de saúde para uma parcela da população“, explica no vídeo. “Isso teve impacto positivo em na melhoria de indicadores como mortalidade infantil e mortalidade materna e também redução nas desigualdades de saúde“, completa.

De acordo com Massuda, em relação a projeções futuras para o SUS, os pesquisadores apontaram como determinante as transferências do Ministério da Saúde para os municípios para manutenção da execução de ações de saúde no País. “Por isso, mexer no modo de financiamento da Atenção Primária, com a extinção do PAB pode ter um efeito bastante negativo para entes federativos que têm maior dependência das transferências federais“, alerta.

No vídeo abaixo, Adriano Massuda explica melhor o seu posicionamento sobre o assunto: