Confrontando as políticas de desmantelamento dos sistemas de proteção e seguridade social

A luta pelo direito universal à saúde e pelo fortalecimento e ampliação das instituições públicas de saúde para garantí-lo é original da Medicina Social e da saúde coletiva e estes constituem princípios irrenunciáveis.

Nossa história está cheia de experiências concretas, algumas exitosas, outras não tanto. Estas experiências são nosso patrimônio e legado e uma fonte rica para reflexão.

Os latino americanos, junto com os africanos, somos especialistas em resistir à aplicação impiedosa das políticas neoclássicas e neoliberais, políticas que hoje levam milhões de pessoas às ruas da Europa.

O estado social é ideológicamente intolerado pelos grandes capitais transnacionais e temos encontrado o momento para tentar destruí-lo. Como suporte às lutas europeias, podemos dizer que a metade do continente latino-americano tem hoje governos progressistas surgidos precisamente do combate popular contra a desapropriação, a opressão e a injustiça.

Temos acumulado experiências e ensinamentos durante trinta anos. Um deles é que mesmo que nossa atuação se baseie em valores éticos e sociais gerais, não existe um paradigma único de atuação, porque a especificidade nacional tem um peso importante. Negaríamos a essência do pensamento médico-social se nao reconhecêssemos isso.

Nosso objeto de transformação requer incluir as dimensões política, econômica, social e histórica. Isto não quer dizer que se assumam posições pragmáticas ultra realistas, nem que se adotem virtudes vanguardistas ou setoriais. Significa examinar a realidade conforme “análises de situações” gramscianas (Gramsci).

A questão é conhecer o ponto de partida real e ter claro o horizonte estratégico de chegada. O atuar conjuntural requer ambos. É crucial não promover ou tomar decisões táticas contrarias ao horizonte de chegada.

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