Direitos universais: pilar da verdadeira democracia
Em entrevista, o diretor do Cebes e Coordenador Adjunto da Alames, José Carvalho de Noronha, fala sobre a manutenção e construção de sistemas universais de saúde, dentro de um processo amplo de desenvolvimento econômico e consolidação da cidadania na América Latina. Nela, Noronha trata dos temas e discussões que deverão estar na pauta do seminário “Cobertura Universal de Saúde: caminhos para a construção de sistemas de saúde universais e equitativos”, que a Alames promoverá no dia 1 de outubro já dentro do 2º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão, da Abrasco.
Crack: sujeitos invisíveis e abandonados pela cidadania
O Editor Científico da Revista Saúde em Debate e Membro da Diretoria do Cebes, Paulo Amarante, analisa o resultado da pesquisa nacional que permite delinear o perfil da população usuária de crack no país e estimar o número desses usuários. O trabalho foi realizado em parceria com Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) e apresentado no final da semana passada. O levantamento trata os viciados como “invisíveis” e Amarante questiona: poderiam ser as cracolândias um apelo desesperado de visibilidade social destes sujeitos abandonados pela cidadania?
Carta aberta à diretoria colegiada da Anvisa
Entidades divulgam carta aberta à Diretoria Colegiada da Anvisa criticando a decisão de liberar 121 aditivos proibidos pela resolução nº 14/12. A carta denúncia que a argumentação que justifica a decisão é bastante influenciada pela indústria e criticam o prolongamento do prazo para o enquadramento das empresas do setor na resolução que proíbe aditivos químicos no tabaco. “Não é preciso enfatizar os efeitos altamente nocivos do tabagismo à saúde pública, basta lembrar que ele é responsável pela morte de cerca de 200 mil brasileiros todos os anos”.
SUS: é o fim ou o começo?
A presidenta do Cebes, Ana Maria Costa, argumenta que apesar da Constituição ter definido como responsabilidade do Estado o direito universal à saúde, o brasileiro vive na insegurança dos serviços de assistência pública, conduzindo 50 milhões de pessoas aos planos privados. Ana aborda o subfinanciamento e questiona: “A quem interessa que o SUS acumule filas, mau atendimento, falta de equipamentos e insumos, maus salários e ausência de carreiras para os profissionais? Quem ganhou com isso, ao longo dos 25 anos de sua criação?”