‘O Que Querem as Mulheres?’; o Cebes no #8M de 2024

O que querem as mulheres? Na semana em que celebramos o Dia Internacional da Mulher, trazemos vozes potentes que ecoam a luta feminista por direitos, equidade e justiça. Conheça os depoimentos inspiradores de mulheres que desafiam o status quo e impulsionam mudanças. Junte-se a nós nesse movimento de resistência e transformação!

O Brasil acumula dívidas com as mulheres e o atual governo deve reconhecer e saldar essas dívidas. Respeitar e garantir que o nosso corpo , nossa saúde e os nossos direitos não sejam negociados e descartados no jogo baixo da política. Imperdoável o adiamento dos avanços que esperamos e merecemos como trabalhadoras e cidadãs ativas que somos”. – Ana Costa, médica, sanitarista e feminista

O mundo feminista é o mundo da liberdade, igualdade, direitos e respeito. Para quem nele estiver!” – Lenaura Lobato

Nascer mulher tem uma carga importante em cada momento da existência. Nasci de uma mulher forte, determinada, amável, acolhedora, protetora, desafiadora e desafiada pela vida. Como legado, cresceu uma mulher sem medo, pertencente e autora de um novo mundo, carregando toda a ancestralidade da ciranda de mulheres fortes. Às mulheres de minha família, gratidão! As que foram e as que virão, todo amor, afeto, gratidão”. – Maria Lúcia Freitas Santos – profª UFRJ e Núcleo Saúde URBANA.

Ao longo da minha trajetória profissional precisei estudar a vida de mulheres transformadoras que me constituíram: Lygia Clark, Clarice Lispector e Nise da Silveira. Só tenho a agradecer e prosseguir empoderada. Mulheres, é nóis!” – Mariana Chastinet, Editora Executiva do Cebes.

Nós mulheres buscamos ser livres, pois assim clamam nossos corpos e almas para ser e estar aonde quisermos! E para isso é preciso fazer frente a uma cultura pressionada pelo patriarcado e machismo!” – Maura Vanessa Sobreira, Enfermeira Sanitarista, Professora, Diretora Cebes

Ser mulher na atualidade permanece sendo um desafio cotidiano constante ao confrontarmos os valores patriarcais e machistas, que tentam determinar como devemos nos portar, ser e estar na sociedade e que por vezes tentam nos interditar e invalidar nossos afetos, nossa humanidade e o conhecimento que produzimos.” – Maria Edna Bezerra da Silva, Educadora Popular, Professora da Faculdade de Medicina da UFAL, Membro do GT- Racismo e Saúde da Abrasco, Membro do conselho consultivo do CEBES 2023/2024, Doutoranda do PPG- Saúde Coletiva /UEFS

Nesse 8 de março celebremos a força que SUStenta o nosso Sistema Único de Saúde: Viva as mulheres!! Viva o SUS!!” – Vanessa Lima, Núcleo Cebes Recife

Nascer mulher é desafiador, espera-se muito de nós e nos permitem tão pouco. Cresci rodeada de mulheres fortes, de presença e firmeza. Que enfrentaram a misoginia, racismo e xenofobia, se sacrificaram e lutaram para que eu hoje pudesse ser uma mulher livre e empoderada. Desejo honrar essas mulheres e continuar na luta por respeito, dignidade, igualdade, liberdade e direitos! Obrigada minhas Rainhas ancestrais!” – Carina Munhoz de Lima, Bibliotecária do Cebes.

O Dia Internacional da Mulher é um dia político. Uma data que simboliza a luta diária por políticas públicas que garantam nossos direitos políticos, econômicos, trabalhistas, sociais e reprodutivos. Queremos segurança. Queremos oportunidades. Queremos respeito por nossas escolhas.” – Bettina Pinheiro Martins, Mestre em História Política e Documentalista do Cebes

Para que as mulheres sejam cidadãs de direitos é essencial que o governo e instituições invistam em políticas que superem o patriarcado estrutural, que imprime uma cultura de submissão pela prática da violência e medo: – que destrói sonhos, fere e mata. Para isso é fundamental elaborar políticas protetivas e práticas sociais mais justas, no âmbito público e privado, aliadas à igualdade de direitos no trabalho, na política e sociedade.” – Maria Juliana Moura Corrêa. PhD Epidemiologia, Mestra em Ciências Sociais, Assistente Social. Assessora em Saúde do Trabalhador da Vice-presidência de Ambiente Atenção e Promoção da Saúde da VPAAPS/Fiocruz. Núcleo do Cebes RS.

Precisamos afirmar que a luta feminista é antirracista, antissexista e anticapitalista. Representa ampliar os direitos das mulheres, superar a sociedade patriarcal que gera violências que muitas vezes não são tão visíveis aos olhos das pessoas, as opressões e sujeições sempre presentes no cotidiano. Fortalecer políticas públicas para enfrentar as desigualdades e acolher a diversidade do devir-mulher em nós e em todo corpo social. Também, mobilizar, conversar em todos os espaços e explicitar como essa dinâmica se apresenta nas relações macro e micropolítica.” – Patrícia Genro Robinson, Professora e servidora estadual da Escola de Saúde Pública – SES/RS. Mestre em Psicologia Social. Ativista do CEBES. Ativista do Movimento pela Saúde dos Povos e do Núcleo do Cebes RS

O reconhecimento da promoção da equidade no cuidado das populações migrantes se fortalece no SUS. As crises humanitárias que resultam no deslocamento forçado de milhares de pessoas têm encontrado acolhimento das demandas na ABS – nas ações de vacinação, primeiro contato, acompanhamento da saúde das crianças, adolescentes e mulheres. É imprescindível que as Políticas Públicas garantam o direito ao acesso universal do SUS às populações migrantes, refugiadas e apátridas.” – Carla Estefanía Albert. Professora, servidora da SES/RS. Dra em Psicologia Social, Mestra em Economia e Bacharel em Administração. Doutoranda em Saúde Coletiva. Coordenação de Ensino de Pós Graduação da ESP/SES/RS. Núcleo Cebes RS.

Nesse 8M ecoamos nossas vozes por justiça, democracia, direitos, contra o racismo, feminicídio e pelo fim das violências de gênero. Por Mim, por Nós e pelas Outras!” – Patricia Evangelista – Fundadora da Organização Mulheres de Atitude – RJ

Queremos um cotidiano sem hierarquização socioeconômica, cultural, étnico-racial e de gênero. É inadmissível ter meu corpo e subjetividade organizado e qualificado em uma prateleira pré-estabelecida pelo olhar patriarcal e capitalista.” – Alane Ribeiro, integrante do Cebes e Movimento Saúde dos Povos

Nós, mulheres feministas, lutamos contra todas as formas de violência: doméstica, obstétrica, política e sexual. Lutamos pela igualdade e pela liberdade pra que não apenas uma de nós fure a trincheira do machismo, sexismo, misoginia e brilhe, mas todas nós, mulheres!” – Munyra Barreto, Sanitarista, Núcleo Bahia do Cebes

Reconhecimento que a luta pela saúde pública, tem a força das mulheres na construção e consolidação do SUS, quer seja pela sua ação política, na formulação teórica e prática, quanto pela própria força de trabalho, onde me incluo na construção desse gigantesco projeto democrático e universal de defesa da vida. E especialmente pela hegemonia das mulheres trabalhadoras da enfermagem, que constituem 85% da categoria e estão na linha de frente no atendimento à população e sustentação de rede de atenção à saúde.” – Úrsula Sander, Cientista Política, Técnica de Enfermagem da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre. Ativista do Núcleo Cebes RS

Somos as mães da humanidade, mas nossa capacidade reprodutiva se tornou um instrumento de opressão e dominação. Não nos calaremos! Que nossas vozes sejam em resistência ao patriarcado, ao capitalismo e aos vilipêndios impostos aos nossos corpos. Seguimos em luta por autonomia, por igualdade e por um mundo justo e fraterno!” – Fernanda Regina da Cunha, Especialista em Comunicação e Saúde e Jornalista do Cebes