O que a Fundação Gates tem feito para a saúde?
A Fundação Bill e Melinda Gates é um grande contribuidor da saúde global – sua influência sobre a política de saúde internacional e a concepção de programas e iniciativas de saúde globais é profunda, apontam David McCoy, Gayatri Kembhavi, Jinesh Patel e Akish Luintel, em artigo publicado no The Lancet, em maio deste ano. Os autores analisaram 1.094 bolsas para pesquisa em saúde global concedidas pela Fundação entre janeiro de 1998 e dezembro de 2007 e descobriram que o valor total de bolsas foi de US$ 8,95 bilhões, dos quais US$ 5,82 bilhões (65%) foram divididos entre 20 organizações. Entre elas, organizações de saúde global, como a Organização Mundial da Saúde, a aliança GAVI, o Banco Mundial, o Fundo Global para Aids, Tuberculose e Malária, universidades e organizações não-governamentais. Outros US$3,62 bilhões (40% das bolsas) foram destinados a organizações supranacionais. Do restante, 82% foram alocados nos Estados Unidos. Um pouco mais de um terço (US$ 3,27 bilhões) dos recursos aplicados, salientam, foi direcionado a pesquisa e desenvolvimento (principalmente de vacinas e microbicidas) ou a pesquisas científicas básicas.
O tema gera dúvidas e polêmica, aponta o editorial da mesma publicação, sob o título “O que a Fundação Gates tem feito para a saúde?”