Com ‘pandemia de não-vacinados’, Brasil atinge a marca de 650 mil óbitos por Covid-19

O Brasil atingiu nessa quarta-feira (2) a triste marca de 650 mil óbitos por Covid-19, totalizando 28.842.160 casos desde o início da pandemia. Levantamento feito por Estados apontam que brasileiros sem o esquema vacinal completo correspondem à maior parte das internações e dos óbitos. Para a presidenta do Cebes, Lúcia Souto, a solução para o fim da pandemia é que a população brasileira complete o esquema vacinal, incluindo dose de reforço. E, enquanto isso não acontecer, manter o uso de máscaras em espaços públicos e evitar aglomerações.

Em entrevista para rádio Brasil Atual, no último dia em 22, a médica sanitarista falou sobre o cenário da pandemia de Covid-19 no Brasil com a ação da variante Ômicron do vírus. Lúcia acredita que, no cenário atual, o Brasil havia chegado num platô de casos, que se manteria estável pelas duas semanas seguintes para então registrar queda. “É importante que 80% das internações atuais na UTI são de pessoas que não completaram o ciclo vacinal. É o que a gente chama até da epidemia dos não-vacinados“.

Em nota divulgada também no dia 22, a Sociedade Brasileira de Imunizações aponta que “em ritmo ideal, vacinação infantil evitaria 3 mil mortes até Abril“: “Estas evidências têm grande relevância para mobilizar gestores de e a população em geral e fornecer subsídios adicionais para de impulsionar a vacinação de crianças neste , de maneira a rapidamente se atingir altas coberturas vacinais neste grupo de idade, em à das de vacinação e atingimento de altas coberturas vacinais em outros grupos da população.

Segundo levantamento da CNN, a média móvel de óbitos pela doença chegou a 512 essa semana – menor número desde 28 de janeiro, quando o índice esteve em 474. Já a média móvel de casos chegou a 51.039, menor número desde 11 de janeiro.

Com o sucesso da campanha de vacinação contra a Covid-19, apesar da sabotagem do governo federal – como apontou Lúcia Souto em entrevista à rádio – o Brasil conseguiu evitar danos maiores à sua população com a chegada da variante Ômicron. O país atingiu a triste marca de 600 mil óbitos pela doença no final de outubro. Foram 4 meses para totalizar mais 50 mil mortes. EUA, França, que enfrentam problemas com movimentos negacionistas, e outros países registraram picos maiores de casos e mortes nessa nova onda do SARS-Cov-2.

Mesmo assim, segundo levantamento da CNN, com base na plataforma Our World in Data, da Universidade Johns Hopkins, o Brasil é o segundo país com maior número de mortes por Covid-19, atrás apenas dos EUA (952.423) e à frente de países como Índia (514.246), Rússia (345.247) e México (318.531).

A CNN aponta que, ainda de acordo com a Our World In Data, o Brasil registrou até o momento 3.037 mortes a cada de pessoas. Isso é mais do que a média mundial (757 mortes por milhão) e a média da América do Sul (2.897 mortes por milhão).

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