Para ANS, gripe suína afeta pouco planos

Beth Koike, de São Paulo

Os casos de gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, devem acirrar ainda mais as negociações entre as operadoras de planos de saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regula os reajustes dos planos individuais.

A ANS divulgou um comunicado informando que a “nova gripe é um fator sazonal, com mais de 99% dos casos evoluindo ambulatorialmente, portanto, com baixo impacto nos custos [dos planos de saúde]”. Mas a Amil, que possui a maior carteira de planos de saúde do país, e a Unimed-Rio afirmaram que vão pleitear reajustes maiores no próximo ano por causa da epidemia, como foi feito na época da dengue, conforme o Valor publicou na segunda-feira (27).

A ANS esclareceu que os casos de dengue ocorridos em 2008 não refletiram diretamente no último reajuste de 6,76% praticado pela agência para os planos individuais, em abril. No ano passado, o reajuste da ANS foi de 5,48%. “A metodologia adotada para o cálculo do reajuste dos planos individuais se baseia estatisticamente nos reajustes dos planos coletivos e também na variação relativa à oferta e utilização de procedimentos e eventos em saúde que fujam da curva histórica”, diz a ANS.

Nos planos coletivos – que representam 72,5% dos 41,4 milhões de pessoas com assistência médica no país – há livre negociação entre operadoras e empresas. Para esse ano, a previsão é que os reajustes dos planos empresariais variem de 8,4% a 10,2%, conforme a sinistralidade de cada carteira.

Fonte: Valor Econômico/Sp, 29/7/09