Presidente Lula participa da 17ª Conferência Nacional de Saúde
“Há 37 anos, foi realizada a primeira conferência de saúde desse país e, desde então, as conferências têm determinado as melhorias na qualidade da saúde da população”.
Ao lado da ministra Nísia Trindade e de diversos outros ministros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta quarta-feira, 05, da 17ª Conferência Nacional de Saúde. A presença no Centro Internacional de Convenções do Brasil, em Brasília, reuniu os milhares de espectadores, tanto no local como online, através dos canais que realizaram a transmissão ao vivo.
Uma das principais expectativas era sobre o posicionamento do presidente com relação ao atual cenário de disputa política pelo Ministério da Saúde, uma preocupação para os movimentos de defesa do SUS e da saúde como bem público. “Vi no jornal que tinha alguém pleiteando o Ministério da Saúde. Fiz questão de ligar pra Nísia. Disse; vai dormir e ficar tranquila, porque o Ministério da Saúde é do Lula, foi escolhido por mim e ficará até quando eu quiser”, declarou.
Lula reafirmou o compromisso do governo com o SUS e a necessidade de combater o fascismo, responsável por retrocessos e pela onda (ainda existente) de boatos sobre vacinas e a ciência. “Haverá um dia nesse país que alguém será julgado pela irresponsabilidade e descaso com o SUS, por desafiar a ciência e as instituições da saúde. Isso não ficará impune na história da saúde brasileira”.
Com sua segunda participação nesta conferência, a ministra Nísia Trindade retomou o pedido aos presentes para darem as mãos, como gesto simbólico pela reconstrução do SUS e da democracia. “Só assim de mãos dadas conseguimos reconstruir o Brasil. É um processo que estamos trabalhando”, disse.
A ministra destacou a importância da conferência enquanto construtora da agenda central do SUS. “Essa conferência é um ato de resistência, mas também um ato de muito trabalho. Pelas teses construídas nas etapas municipais, estaduais e Conferências Livres. Graças ao trabalho incansável do CNS, organizamos essa conferência em seis meses, sendo uma das primeiras ações de nosso governo, desde o primeiro dia da gestão”. A ministra ainda destacou a importância de valorização dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde.
Reconhecimento às trabalhadoras e trabalhadores
Tanto o presidente Lula, como a ministra Nísia Trindade destacaram a atuação das trabalhadoras e trabalhadores da saúde na condução da pandemia. “Depois da covid 19 não tem nenhum brasileiro de boa-fé que não reconheça que graças ao SUS não chegamos a um milhão de mortes neste país”, disse Lula.
Outro ponto importante foi o registro à instituição do pagamento do piso da enfermagem. De acordo com Nísia, o Ministério já está atuando para garantir o pagamento das nove parcelas previstas para 2023. “Precisamos reconstruir o complexo econômico da saúde. Não há SUS sem equidade e respeito às diferenças de nosso povo e sem a valorização dos trabalhadores e trabalhadoras”.
Sueli Barrios, representante do segmento das trabalhadoras e trabalhadores e conselheira do Conselho Nacional de Saúde (CNS)lembrou da luta pelo direito à saúde e participação social. “Nosso trabalho se realiza sempre melhor, com boas condições, com empregos protegidos, com a gestão democrática, com a segurança de que podemos enfrentar os obstáculos da saúde em cada local”.
Sueli também ressaltou o trabalho realizado durante a pandemia de Covid 19 no resguardo de milhares de vidas, sem esquecer das trabalhadoras e trabalhadores que foram acometidos pelo vírus, “Nossa luta é para superarmos a crise civilizatória que nos acompanhou nos últimos anos”.
Sem anistia e com a garantia de direitos!
Em vários momentos a fala “sem anistia” ecoou durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde. Um destes momentos foi durante o discurso emocionado de Fernando Pigatto. “Os crimes do governo anterior não podem ficar impunes”.
Pigatto ressaltou a importância das conferências para a participação popular e na luta pela melhoria da saúde pública. “Vamos continuar atuando para aumentar o orçamento da saúde e garantir o SUS universal com investimento de 6% do Produto Interno Bruto, de recursos públicos para saúde pública”, disse.
“Somos a resistência real e amorosa por um país justo” – Fernando Pigatto, Presidente da 17ª Conferência Nacional de Saúde
Texto: Fernanda Regina
Veja a participação de Lula na 17a Conferência Nacional de Saúde: