Atendimento para troca pode ser feito na rede pública
O Estado de S. Paulo – 06/01/2012
Mulheres que usam próteses de silicone que causem qualquer tipo de dano ou aumentem os riscos à saúde podem procurar assistência médica no SUS, que fará a troca sem custo, desde que não seja por motivo estético.
Segundo o Ministério da Saúde, esse tipo de procedimento já é feito para qualquer marca de prótese – e não será feito exclusivamente para as pacientes que usam o silicone da empresa PIP.
Isso ocorre porque o SUS é um sistema de saúde universal. Porém, a mulher que buscar atendimento na rede pública terá de passar por todas as consultas e exames no SUS e só fará a cirurgia reparadora ou reconstrutiva da mama para trocar o silicone caso o médico entenda que há um risco comprovado à saúde.
Assim, a primeira orientação do ministério continua sendo que a mulher com as próteses PIP procure o médico e o serviço de saúde responsáveis pela primeira cirurgia para análise.
Segundo o mastologista José Luiz Pedrini, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, as mulheres levam até dois anos para colocar a prótese após uma cirurgia de retirada das mamas, embora a lei determine que isso seja feito imediatamente.
O MS diz que não recebeu demandas para substituição de próteses PIP porque o sistema é descentralizado e a responsabilidade é dos hospitais. / F.B.